Redação #1022692
Previsão: 12/05/2022
Machado de Assis, em sua fase realista, despiu a sociedade brasileira e teceu críticas aos comportamentos egoístas que caracterizam essa nação. Não longe da ficção percebe-se comportamentos semelhantes no que tange a discriminação da classe pobre no Brasil. Diante dessa perspectiva, surge a consolidação de uma grave problemática em virtude da situação financeira e a falta de acesso a serviços essenciais.
Em primeira análise, a situação financeira mostra-se como um dos desafios a resolução do problema. Tendo em vista, que a Industrialização teve forte influência nesse panorama uma vez que, com a chegada das indústrias uma parcela de operários fora destituída e substituída por máquinas. Logo, isso ocasionou um grande número de pessoas sem empregos e sem condições para viverem de forma digna, pois, a renda econômica já não era suficiente para manter as suas necessidades como roupas de boa qualidade, alimentação e moradia própria. No entanto, parte da população que vivia de forma estável passou a inferiorizar essa classe, o que demonstra uma falta de empatia no nosso país.
Em consequência disso, é visível a questão da falta de acesso a serviços essenciais, que intensifica a gravidade da situação. Visto que, mais da metade da população não tem acesso a uma educação de qualidade, isso é decorrente da inexistência de investimentos por parte do governo no sistema educacional. O que leva os habitantes a terem poucas oportunidades de emprego por não possuírem uma especialização, são obrigados a trabalharem em funções com uma remuneração baixa e até sofrem preconceito. Por exemplo, uma pesquisa realizada pelo Data Folha em 2019, revelou que 30% dos brasileiros afirmam ter sofrido discriminação por sua classe social ou condição financeira.
Portanto, o Estado deve investir em políticas que contribuam para o desenvolvimento dessas populações marginalizadas. Ainda cabe a mídia o papel de promover campanhas por meio das redes sociais para conscientizar o público sobre a problemática, para que, esse problema de cunho social, seja cada vez menos recorrente na sociedade brasileira.
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