Redação #1036319
Previsão: 27/05/2022
No popular conto infantil,do poeta Hans C. Andersen,"A pequena vendedora de fosfóros" ficamos diante do drama envolvendo uma criança moradora de rua,que sem perspectivas,vende fosfóros para se alimentar.A pequena acaba consumida pelo frio,e morre como indigente.Assim,é a realidade de milhares de brasileiros que,sem moradia,vivem expostos à marginalização.Tal fato reflete a má administração de políticas públicas de acesso,bem como a ausência de discussões que busquem mitigar o problema.
Em primeira análise vale ressaltar o aumento exponencial da pobreza durante o período de pós-pandemia,consequência do alarmante desemprego,atrelado à inflação crescente.Dessa maneira,o brasileiro,que paga impostos abusivos,fica à mercê de uma administração pública corrupta e incapaz de proporcionar políticas básicas de acesso à moradia e à alimentação,resultando,portanto,no aumento de pessoas nas ruas.
Destarte,cabe citar a obra "Ensaio sobre a Cegueira",do português José Saramago,que reflete a cegueira cultural,social,moral e ética da sociedade.Nesse contexto,tem-se analogamente a situação dos miseravéis das ruas,que se quer são lembrados nas discussões públicas,essa parcela,também humana,que a maioria despreza.Por conseguinte,faz-se necessário ampliar o lugar de fala dessa minoria,de modo a instigar projetos de melhora na assistência dessas pessoas.
Em suma,é urgente diminuir a grande massa de moradores de rua.Para tanto,o Governo Federal,na figura do Poder Executivo,deve ampliar políticas de acesso à moradia,como vimos no projeto "minha casa minha vida" em parceria com a Caixa Econômica Federal,através do subsídio de moradias de baixo custo,e também aumentando as vagas nos abrigos temporários.Mais ainda,qualificar essa minoria e oferecer vagas de emprego para que busquem melhores condições de vida.Dessa maneira,o final do conto infantil de Andersen deixará de representar a realidade e fará parte apenas da ficção.
São Paulo - SP