Redação #1104634
Previsão: 19/08/2022
Segundo o conceito de Banalidade do Mal, quando uma atitude agressiva ocorre constantemente, as pessoas param de vê-la como errada. A afirmação atribuída a filosofa alemã Hannah Arendht, pode facilmente ser aplicada ao tema, já que é o comodismo do Estado e do corpo social que consolida a situação da população de rua. Dessa maneira, é evidente que a problemática se desenvolve não só devido ao descaso governamental como também a naturalização da sociedade diante desse quadro alarmante.
Em primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais como fator contribuinte para o descumprimento dos direitos básicos de um cidadão - moradia, alimentação, saúde, educação e dignidade - garantidos pela Constituição Federativa Brasileira de 1988. Nesse sentido, por causa da baixa operação das autoridades competentes, moradores de ruas sofrem não só com problemas fisiológicos como a fome mas também como mentais, sendo um exemplo disso, a humilhação pública. Desse modo faz-se mister a reformulação dessa postura estatal de forma urgente.
Alem disso, a banalização da problemática pelo corpo social também pode ser apontado como promotor do probelma. De acordo com um teste social realizada pelo Quebrando Tabu em 2015, 3 a cada 4 paulistas negam ajuda para os sem tetos. Partindo desse pressuposto, percebe-se que a sociedade sofre com a carência de empatia, uma vez que, pessoas em situação de rua já foram tão naturalizadas que deixaram de ser um probelma no senso popular. Destarte, é imprescindível a atuação governamental e social para que tais empecilhos sejam superados.
Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar esse quadro alarmante. Para tanto, o Congresso Nacional, mediante o aumento percentual de investimento, direcione capital que, por intermédio de prefeituras municipais será revertida em oportunidades de trabalho e moradia para os mais necessitados, através de projetos como minha casa minha vida e incentivo a políticas públicas que gerem empregos, uma vez que é dever do estado garantir o bem estar populacional. Assim, poder-se-á diminuir, em médio e longo prazo, o impacto nocivo da grande parcela de pessoas que moram nas ruas no Brasil, e assim se afastar da afirmativa de Hannah Arendht.
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