Redação #1107828
A internet foi criada em 1969, nos Estados Unidos assumindo o nome Arpanet, e tinha como função interligar laboratórios de pesquisa. Naquele mesmo ano, um professor da Universidade da Califórnia enviou o primeiro e-mail da história. Atualmente, na conjuntura brasileira contemporânea, 152 milhões de pessoas tem acesso a internet, dentre as quais, estão presentes crianças e adolescentes que sofrem uma superexposição. Nesse viés, torna-se crucial analisar as causas desse revés, dentre os quais se destacam a negligência governamental e a insipiência da sociedade.
A princípio, é preciso notar que a indiligência do Estado potencializa a exposição juvenil nas redes. Esse contexto de inoperância das esferas de poder, exemplifica a teoria das Instituições Zumbis do sociólogo Zygmund Bauman, que as descreve como presentes na sociedade, todavia sem cumprirem sua função social com eficácia. Sob essa ótica, devido à baixa atuação das autoridades, não há um controle efetivo quanto ao conteúdo publicado na internet por crianças e adolescentes, e nem quanto ao público que as acessa, havendo assim, a possibilidade de uma ocorrência de ódio ou até mesmo pedófila.
Outrossim, é igualmente preciso apontar a ignorância da sociedade como outro fator que contribui para a manutenção do problema. Posto isso, em agosto de 2021, Lucas de 16 anos, acabou suicidando após a postagem de um vídeo no Tiktok -rede social de vídeos- devido aos comentários de ódio recebidos. Diante de tal exposto, é evidente que a falta de consciência dos usuários, quanto como alguns comentários podem e afetam os indivíduos da rede, com destaque aos juvenis que ainda estão em fase de desenvolvimento.
Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar a superexposição de jovens. Dessarte, de modo a controlar o acesso e o conteúdo postado na internet, é preciso que o Estado junto ao ECA, por meio de medidas constitucionais, coloque limitações ao tipo de conteúdo postado, ademais de cuidar da manutenção e verificação das mesmas. Paralelamente, é imperativo que a mídia por meio de campanhas, traga mais atenção a problemas, com o fim de conscientizar o público quanto os impactos dos comentários feitos online.
-