Redação #1111172
Previsão: 26/08/2022
Em sua obra "O cidadão de papel", o escritor brasileiro Gilberto Dimestein disserta que, embora o país apresente um conjunto de leis bastante consistente, elas se atêm, de forma geral, ao plano teórico. Diante disso, a conjuntura dessa análise configura-se no BRasil atual, haja visto que apesar de ser um direito garantido, o asseguramento da liberdade religiosa não se encontra efetivado. Esse cenário nefasto ocorre não só em razão do preconceito mas também do racismo.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater a intolerância religiosa. Nesse sentido, o Brasil sendo um país laico deve garantir a liberdade religiosa. Segundo as idéias do filósofo John locke, configura uma violação do "contrato social" já que o estado não cumpre sua função de garantir direitos indispensáveis como a liberdade religiosa, oque é evidente neste país.
Ademais, é fundamental apontar o racismo estrutural como impulsador do preconceito com determinadas religiões no Brasil.
Segundo o Ministério da mulher a maioria dos ataques religiosos são direcionados as que possuem matriz africana. Diante de tal exposto, fica nítido a falta de segurança e liberdade que os praticantes dessas religiões sofrem. Logo é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o MEC inclua palestras e aulas sobre a história, origem e surgimento de diferentes crenças a fim de formar um conhecimento básico na mente das crianças e jovens. Assim, se consolidará uma sociedade mais tolerante e livre, onde o estado desempenha corretamente seu "contrato social", tal como afime John Locke.
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