Redação #1142453
Previsão: 08/09/2022
Na obra O Espírito das Leis, Montesquieu enfatizou que é preciso analisar as relações sociais existentes em um povo para, assim, aplicar as diretrizes legais e abonar o progresso coletivo. No entanto, ao observar o desmatamento como meio econômico, certifica-se que a teoria do filósofo diverge da realidade tupiniquim contemporânea, haja vista a persistência da falta de responsabilização. Com efeito, é imprescindível enunciar os aspectos socioculturais e a insuficiência legislativa como pilares fundamentais da chaga.
É importante considerar, antes de tudo, o fator grupal. Diante disso, pode-se destacar a Atitude Blasé, proposta pelo sociólogo alemão George Simmel, que ocorre quando um indivíduo banaliza uma situação a qual deveria ser dada atenção. Assim sendo, é notável que a maioria dos brasileiros praticam o desmatamento para fins econômicos, pelo fato de não haver uma responsabilização proporcional ao dano social e ambiental causado.
Outrossim,merece destaque o quesito constitucional. Segundo Jean-Jaques Rousseau, os cidadãos cedem parte da liberdade adquirida na circunstância natural para que o Estado garanta direitos instransigentes. O desmatamento como meio econômico, entretando, contrasta a concepção do pensador na medida em que a preservação ambiental contida na Consituição Cidadã não passa apenas de uma utopia na prática.
Entende-se, portanto, a temática como sendo um obstáculo intrínseco de raízes culturais e legislativas. Logo, a mídia, por intermédio de programas televisivos de grande audiência, irá discutir o assunto com profissionais especialistas no âmbito ambiental, com o objetivo de mostrar as reais consequências do problema, apresentar visão crítica e orientar os espectadores a respeito do impasse. Essa medida ocorrerá por meio da elaboração de um projeto estatal, em parceria com o Ministério das Comunicações. Desse modo, com a justiça de Rosseau, a sociedade brasileira terá o progresso social concretizado.
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