Redação #1198767
A Constituição Federal, promulgada em 1988, afirma em seu texto que é dever do Estado proteger o meio ambiente ao legislar sobre as atividades econômicas. Entretanto, a falta da implementação de um sistema agropecuário sustentável é responsável pela formação de uma conjuntura onde continua a existir uma economia predatória que promove o desmatamento e que poderá causar danos irreversíveis a flora e fauna brasileira.
A princípio, é importante destacar o conceito do filòsofo Zygmunt Bauman sobre as instiuições sociais do século XXI, designadas por ele como Instituições Zumbi, pois, apesar de existirem, não são capazes de desempenhar seu papel social como deveriam. Semelhante a isso, o Estado se mostra improficiente em desenvolver políticas para um desenvolvimento econômico sustentável, onde se proteja as florestas.
Da mesma forma, o Instituto de Pesquisa Ambiental Amazônica (IPAM) realizou uma pesquisa mostrando que o desmatamento no cerrado, gerado pela expansão agrícola, foi até 5 vezes maior que o desmatamento do bioma amazônico no período de 2013 a 2015, comprovando assim a continuidade de um sistema agropecuário predatório e retrógrado, onde não há iniciativas eficazes para implementar outro que seja sustentável.
Portanto, ao se analisar o dilema entre o desmatamento e a economia, é mostrado que é dever do Estado criar e aplicar políticas públicas que visem a conservação das florestas por meio de sistemas agropecuários sustentáveis e investimentos em pesquisas na área agrícola, a fim de que o sistema econômico brasileiro se torne sustentável e para que o Estado possa, de fato, atender ao que está afirmado na Constiuição.
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