Redação #1240220
Previsão: 01/11/2022
Paul Watson, co-fundador da Green Peace, já dizia "A inteligência é a habilidade das espécies em viver harmoniosamente com a natureza", porém desde a primeira revolução industrial, no século XVIII, tem-se abordado diversas questões em torno do desenvolvimento econômico e seus impactos ao meio ambiente. Atualmente ainda existem muitas barreiras para um desenvolvimento sustentável, visto que, no Brasil, a agroindústria desmata milhares de hectares para seu desenvolvimento. Assim, configura-se um grave problema, que tem como causas a lógica de mercado e a insuficiência legislativa, além do consumo desenfreado.
Sob essa perspectiva, é irrefutável que o mercado capitalista agrava, e muito, tal problemática. Nesse cenário, é válido destacar o sociólogo Zygmunt Bauman, que disserta sobre como os valores da sociedade estão sendo colonizados pela lógica de mercado. De fato, é notável que o avanço das fronteiras agrícolas, como exemplo, desconsideram a importância das áreas verdes, as quais são destruídas visando acima de tudo o lucro. Isso acaba gerando consequências graves, como o desequilíbrio ecológico da região, a perda da biodiversidade local e ainda gera um impacto direto na elevação do número de espécies em extinção. Logo, existe a necessidade de priorizar os valores ao invés do capital, para o bem geral.
Por conseguinte, podemos notar a insuficiência das leis, que é um desafio no que tange a questão. Nessa ótica, vale ressaltar o escritor brasileiro Gilberto Dimenstein, que afirma que embora a legislação se mostre completa na teoria, muitas vezes, é falha na prática, se tornando, então, ineficaz. Tais falhas são comuns, já que, mesmo que exista áreas protegidas por lei, elas são constantemente invadidas e degradadas, e não há uma punição severa para as pessoas que cometem os crimes; muitas vezes os mesmos acabam passando despercebidos pela ineficácia do governo acerca de proteger áreas de preservação. Essas invasões acabam destruindo boa parte da vida ali existente, por meio de desmatamentos ou queimadas, acabando com um bioma antes tão rico e essencial para a vida humana.
Interfere-se, portanto, a necessidade de uma intervenção urgente para que os desmatamentos sejam minimizados e o desenvolvimento econômico não afete tão negativamente os biomas naturais. Para isso, é dever do Governo Federal, órgão responsável por tomar decisões acerca das leis, evitar o avanço econômico de indústrias em áreas verdes, por meio da criação de leis mais intensivas e com uma fiscalização mais eficaz; punindo os que forem contra tais normas.
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