
Faça seu login
Acesse GrátisRedação #1242582
Previsão: 02/11/2022
A popular obra "Six of Crows", de Leigh Bardugo, retrata durante o decorrer dos capítulos a história de um grupo de adolescentes que, por diferentes motivos, acabou por morar nas ruas e se envolver com a vida criminosa, para garantir sua sobrevivência. Embora ficcional, é possível estabelecer um paralelo entre essa situação e a realidade brasileira, uma vez que é considerável o aumento das taxas percentuais da população de rua em nosso país ao longo dos últimos anos. Dessa forma urge analisar não só a qualidade e aplicação de políticas publicas, como também a discriminação sofrida por essa população como principais responsáveis pelo revés.
No primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos está claro que todo ser humano tem direito a uma vida vivida com dignidade, e, apesar de ser um direito garantido por lei pela Constituição Brasileira de 1988, não é a realidade de uma grande parte da população, que sobrevive em condições de vida insalubres. Apesar da população crescente vivendo desse modo, a quantidade de projetos e leis que visam a proteção desta parte da sociedade são poucas e ineficazes.
De maneira consoante a isso, é reconhecido que a população de rua sofre com o preconceito direcionado a eles, fato que faz com que na maioria dos casos acabem marginalizados e criminalizados, por falta de oportunidades. Isso se deve a uma noção errática concebida pela sociedade vigente, onde acreditam que os indivíduos que vivem nessa condição estão assim por escolhas próprias, o que provoca a atitude Blasé, ou seja, a empatia apenas por indivíduos que sejam "merecedores".
Infere-se, portanto, que o Estado deve aderir a providências catalisadores a fim de solucionar a ineficácia das políticas públicas e suscitar a empatia da sociedade brasileira. Para isso o Governo Federal - haja vista ser provedor de políticas públicas - deve investir na reabilitação de seus cidadãos, por meio de projetos que visem auxiliar os moradores de rua a se reintegrarem socialmente, com a finalidade de criar abrigos, centros de reabilitação e locais para solicitação de documentos. Com efeito, espera-se que essa população possa se reerguer e construir um futuro próprio.
-