Redação #1249637
Previsão: 09/11/2022
A Constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6°, o direito à educação como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática, quando se observa os desafios da alfabetização No Brasil, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz se imperiosa a análise dos fatores que favorece esse quadro.
Em primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater o analfabetismo. Visto que indivíduos com dificuldades em leitura e escrita ficam à mercê da sociedade. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Luke, configura-se como uma violação do "contrato social", já que o estado não cumpre sua função de garantir que os indivíduos desfrutem dos direitos indispensáveis, como a educação, o que infelizmente é evidente no país.
Ademais, é fundamental apontar a pandemia como impulsionadora do problema no Brasil. Segundo o IBGE, houve um aumento de 66,3% de pessoas que não sabem ler e escrever nos últimos 3 anos. Diante de tal exposto, deve-se ressaltar também que as famílias não cumprem com a sua parte, visto que os pais também são responsáveis pelo abandono escolar dos filhos e pela falta de incentivo do estudo. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a pendurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade De se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Ministério da educação, em parceria com o Ministério das comunicações, deve promover ações de incentivo à leitura nas mídias. Isso deve ser feito através de financiamento de campanhas nos veículos de informação na televisão e na internet que enfatizam a importância da educação e da leitura por meio da simulação de situações preconceituosas que indivíduos sofrem quando adultos por não serem alfabetizados. Esta ação tem o objetivo de promover reflexão nos pais a respeito da importância do incentivo à leitura dos filhos. Assim, se consolidará uma sociedade onde o Estado desempenha corretamente seu "contrato social", tal como afirma John Locke.
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