Redação #1251272
Previsão: 11/11/2022
A lei 10.216 foi sansionada como uma forma de melhorar a situação de pessoas com distúrbios mentais no Brasil. No entanto, apesar da tentativa de humanização do tratamento dessas doenças, ainda é comum a resistência em relação à reforma psiquiátrica na contemporaneidade. Nesse caso, dentre as causas centrais do problema, destacam-se a ignorância da população e a ineficiência do Estado.
A princípio, é indubitável que a falta de conhecimento aliada ao preconceito tornam o cotidiano de pessoas com doenças do âmbito psicológico excessivamente mais difícil. Dessa forma, segundo Goethe- filósofo alemão-, nada assusta mais que a ignorância em ação. Desse modo, o pensamento do filósofo se confirma na sociedade ao analisar a persistência do pensamento retrógrado de que um portador de psicopatologias não pode viver normalmente no corpo social e deve ser internado em clínicas psiquiátricas, o que formenta a promoção de condições insalubres e tratamentos absurdos aos acometidos por essas enfermidades. Para ilustrar que os manicômios promovem condições precárias a esse cidadãos, há a instituição psiquiátrica de Barbacena que, de acordo com a revista Veja, foi responsável pela morte de mais de 60 mil pessoas e por tratamentos desumanos como choques elétricos. Destarte, fica evidente a necessidade de superação desse pensamento para diminuir o entrave.
Ademais, a falta de eficiência do Governo Federal perante a situação supracitada contribui com a permanência do agravante no cenário atual. Dessa maneira, de acordo com Thomas Hobbes, o Estado é necessário para resolver problemas sociais. Entretanto, os governantes vão de encontro à ideia de Hobbes, pois apresentam papel inerte na situação desse grupo, visto que os programas de atendimento a essa população promovidos pelas instituições governamentais apresentam deficiências. Isso pode ser observado na dificuldade de obter consultas nos Centros de Atendimento Psicosossial- CAPS-, seja por falta de vaga, seja por falta de profissional. Nesse sentido, é incontestável que a melhoria na ação estatal é fundamental como forma de combater a problemática.
Portanto, é inquestionável que medidas urgentes são imprescindíveis. À vista disso, é necessário que o Governo Federal- instituição responsável pelas garantias sociais- elabore, por meio de planejamentos estratégicos, políticas públicas que ofereça tratamento e reabilitação de forma eficaz a essas pessoas, a fim de facilitar a inclusão delas no corpo social. Além disso, é importante que haja a elaboração de propagandas com a finalidade de acabar com esses estigmas.Isso posto, haverá a diminuição do problema em questão.
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