Redação #1251543
Omissão. Ineficiência. Descaso. Diversas são as entraves associadas à evasão escolar no Brasil. Nesse sentido, o escritor Franz Kafka, em sua obra "A metamorfose", expõe que indivíduos vulneráveis podem perder sua função social e tornarem-se irrelevantes para a sociedade capitalista. Desse modo, na contemporaneidade, a obra aborda que cidadãos em situação de vulnerabilidade social são marginalizados no que tange ao tema exposto o que, consequentemente, gera o abandono escolar, uma vez que a negligência estatal e o sistema educacional defasado configuram-se como problemáticas. Destarte, é fulcral expor essas lacunas que vigoram na sociedade brasileira.
Em primeiro plano, é válido retomar o aspecto supracitado quanto ao descaso gorvenamental. Sob essa perspectiva, Gilberto Dimenstein, em "O cidadão de papel", versa sobre o fato de que nem sempre as normas presentes nos documentos nacionais são cumpridas. Assim, embora a Constituição garanta o acesso igualitário aos direitos fundamentais, observa-se que, na prática, há uma falha na aplicação da legislação, na medida em que são infímos os investimentos destinados para a ampliação e manutenção das escolas brasileiras, o que causa a fragilidade dos direitos basais da população. Logo, enquanto a persistência do impasse for recorrente, tampouco a afirmativa do autor estará desvinculada da realidade brasileira.
Em segundo plano, é de suma importância frisar a precariedade das escolas públicas brasileiras. Sob tal ótica, a filósofa Djamila Ribeiro afirma que, para atuar em uma realidade deve-se, antes de tudo, tira-lá da invisibilidade. Tal ideia, porém, encontra barreiras para ser concretizada no Brasil, dado que a evasão escolar é pouco discutida e, por conseguinte, silenciada, o que inviabiliza que os estudantes das instituições públicas do país tenham um ensino básico de qualidade. Ademais, é primordial ressaltar que, no cenário hodierno, tal mazela deve-se ao fato de as escolas não terem o suporte necessário para a capacitação dos alunos, visto que as estruturas ultrapassadas não comportam a demanda da imensidão de pessoas dependentes dos setores públicos.
Infere-se, portanto, a necessidade da adoção de medidas para mitigar a evasão escolar no Brasil. Isto posto, cabe ao Estado, poder supremo mediador das leis, implementar investimentos educacionais como obrigatórios, por meio de atualizações legislativas, a fim de maximizar o destino das verbas para a educação. Outrossim, o Ministério da Educação, enquanto órgão de fiscalização, deve promover e intesificar melhorias no ensino e infraestrutura das escolas públicas brasileiras, por intermédio dos investimentos disponibilizados pelo governo, com o fito de reduzir o abandono escolar e fomentar a educação de qualidade.
-