Redação #1261340
A atividade nômade, ocorrida predominantemente antes do início da história pré-literária, era uma marca comum nas Antigas Civilizações, em vista da intensa migração dos seres em busca da subsitência e de um lugar apto para acomodação. Em analogia, pode-se evidenciar o caráter nomadista é vigente na sociedade brasileira hodierna, tendo em vista que a população de rua vivencia esse papel por circunstâncias sociopolíticas e econômicas, as quais, forçadamente, influenciam no aumento vertiginoso da intensificação da situação de rua. Dessarte, a busca por condições dignas de sobrevivência é afetada em virtude da inobservância estal, aliada à passividade coletiva referente ao tema.
A princípio, é fulcral pontuar como a questão governamental é precursora do óbice. Nesse viés, sob a ótica da Escola de Chigaco, na teoria das Zonas Concêntricas, o Estado possui atuação seletiva na garantia dos direitos, sendo a seguridade afastada das zonas vulneráveis socioeconomicamente. Nesse espectro, observa-se uma analogia ao cerne tupiniquim, em que o poder público pouco age quanto aos moradores em situação de rua, mesmo que seja garantido, na Constituição Cidadã, as benesses ratificam o bom viver, como a moradia e a alimentação. Isso ocorre em virtude da adoção de uma postura ostensiva, por parte da admnistração do governo, no que se refere à questão, haja vista ser alocado insuficientes verbas para acolher e ofertar condições conjunturais para o grupo conseguir vislumbrar melhores oportunidades, o que colabora para a permanência do status. Dessa maneira, essa conjuntura exclusória coloca em xeque a dignidade humana do público minoritário.
Outrossim, infere-se que a omissividade coletiva é contribuinte da problemática. Nesse sentido, consoante a filosofia estoica, da Grécia Antiga, o indivíduo deve se ater às demandas individuais e evitar as coletivas para alcançar a paz de espírito - ataraxia. Nesse tocante, há manifestação do estoicismo no comportamento de parte dos brasilianos, em que devido à intensa individualidade, engendrada pelas instuições socializadoras, como a escola e família,as quais pecam em transmitir os ensinamentos e valores humanitários, que devem prezar pela alteridade voltada às demandas coletivas, há a conformação de seres pouco engajados em combater as mazelas do meio, como a infortuna questão do povo de rua. Dessa forma, o estabelecimento disso agrava a marginalidade do grupo, à vista do comportamento preconceituoso, de um recorte popular, sendo o rechaço e a violência manifestados pelo trato desdenhoso e humilhantes destinados ao público.
Fica clara, portanto, a necessidade de alternativas para conter o problema. Para tanto, cabe ao Ministério da Cidadania desenvolver poíticas eficientes de amparo ao pessoal de rua, a partir do direcionamento de verbas a áreas multifocais. A medidada deve contar com a ampliação de moradias populares, as quais devem contar com equipes atuativas na área da saúde mental, de forma a agir em conjunto à oferta de refeições diárias e uma programação desenvolvimentista de hábilidades técnicas e profissionalizante, com o fito de oferecer suporte e possibilitar alternativas para o ser ascender socilalmente.Ademais, as escolas devem inovar sua metodologia letrativa, por intermédio de itinerários formativos que dinimizem as seguridades da Constituição Cidadã, além de incentivar, em mostras e saraus, os quais envolvam a família e comunidade, sobre os impasses citadinos e o importante engajamento individual no combate a estes, com a intenção de construir uma seara mais altérica. Desse modo,os cidadãos marginalizados deixarão o viés nomadista, e a cidadania tornar-se-á restaurada ao grupo.
Rio Largo - AL