Redação #1263296
Previsão: 29/11/2022
Desafios para compate os preconceito no futebol Brasileiro
Conforme o filósofo grego Aristóteles, "A base da sociedade é a justiça". No entanto, ao se analisar o contexto do Brasil no século XXI, torna-se visível que há uma contradição, tendo em vista que problemáticas socioculturais como os desafios para combater os preconceitos no futebol brasileiro contribuem para que se haja um cenário injusto que afeta a estrutura social do país. Dessa maneira, estratégias devem ser criadas de forma que alterem essa situação, que têm como causas a naturalização do racismo, assim como a misoginia inserida no futebol feminino.
Em primeiro plano, a base do racismo está interligada à ideia incorreta acerca da superioridade e inferioridade entre determinados grupos em relação a outros. Além disso, uma matéria publicada por Elton de Castro no site "Globo Esporte" em 2020 afirma que, o relatório feito pelo Observatório de Discriminação Racial no Futebol registrou um crescimento de 52,27% de casos de racismo em comparação ao relatório feito em 2018. Apesar do grande aumento percentual, apenas 10% dessas ocorrências raciais foram relatadas às autoridades. Nesse contexto, vale ressaltar que a lacuna educacional incrementa essa problemática, visto que é um fator determinante, que contribui para a permanência do problema, comumente iniciado no ambiente doméstico e proporcionado no ambiente escolar.
Outrossim, ao decorrer dos anos o ocorreu-se um maior reconhecimento acerca do futebol feminino, porém, em contrapartida, os variados preconceitos entre homens, direcionado às mulheres apenas prevaleceram. Apesar da maior aclamação à modalidade, houve-se um retrogresso em seu avanço, favorecido pelo Decreto-lei 3.199 aprovado pelo presidente Getúlio Vargas em 1940 que aprovava a proibição da realização do futebol por mulheres, por não terem características físicas suficientes e adequadas para a prática do esporte. Sendo assim, é notório que as mulheres passaram por dificuldades durante sua trajetória no futebol, como muitas já alegaram. Uma delas é a jogadora bola de ouro Marta, que afirmou em entrevistas já ter sofrido de agressões verbais do público, como ser chamada de "homem macho", tanto quanto não ser considerada uma "mulher".
Portanto, torna-se visível que os preconceitos inseridos no futebol brasileiro ainda se prevalecem e são recorrentes. Por isso, é dever que o Estado recorrera à campanhas para a conscientização das pessoas, principalmente de crianças e jovens, através de escolas e programas públicos. Também, é dever das autoridades supervisionar os jogos de futebol, de forma que impeçam agressões entre torcedores durante o jogo, para que assim se haja uma diminuição efetiva desse problema, assim como a tentativa da criação de uma geração mais tolerante. Só assim, as problemáticas do racismo e misoginia, assim como outras adentro do futebol poderão ser reduzidas, sendo assim, não será mais um problema tão agressivo que afeta tanto a estrutura social do Brasil.
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