Redação #1264777
Previsão: 01/12/2022
Desde a chegada dos europeus no Brasil, povos tradicionais do país são alvos de desvalorização; esse fato é, cada vez mais, notável ao longo dos séculos, visto que um dia foram a maioria e hoje, infelizmente, são considerados a minoria excluída. Diante disso, ainda existem muitos desafios, que precisam ser enfrentados, para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil, como a desigualdade social e o preconceito, oriundo da formação hegemônica brasileira.
Primariamente, de acordo com o Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, todos os indivíduos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. No entanto, na prática, está distante da realidade atual no Brasil, e a desvalorização do patrimônio cultural do país é um exemplo disso, visto que comunidades e povos tradicionais são, muitas vezes, excluídos social, cultural e economicamente da nação brasileira através de medidas que ameaçam os seus direitos e territórios.
Ademais, no neocolonialismo, surgiu a teoria do "Fardo do Homem Branco", que afirmava que Deus escolheu o homem branco, europeu e ocidental para levar civilização à África. Embora tenha sido direcionada aos africanos, a implementação dessa narrativa já estava sendo construída há muito tempo com os indígenas no Brasil. Esse ideia estende-se até hoje por falta de informação e preconceito.
Destarte, o Ministério da Cultura e da Economia devem criar projetos e leis que visem a igualdade desses povos, através de investimentos na valorização de direitos e na reconstrução de territórios, para que a desigualdade enfrentada por eles seja combatida. Em adição, a escola - forte ferramenta de formação de opinião - deve instruir os alunos, através de aulas, trabalhos e palestras, sobre a cultura e a identidade desses povos, a fim de desconstruir a ideia, implementada por muitos europeus, de que os povos tradicionais são inferiores aos demais brasileiros.
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