Redação #1267392
Previsão: 16/12/2022
De acordo com o cientista Albert Einstein "é mais fácil desintegrar um átomo do que acabar com um preconceito". Partindo desse princípio, é viável relacionar o cenário debilitante em que as comunidades e povos indígenas situam-se com a frase. Assim como a desvalorização cultural desses povos premedita da colonização e perdura devido a negligência estatal, o racismo estrutural e a falha tentativa Estatal de reparação cultural promovem a exclusão de comunidades e povos indígenas da sociedade, e também, de seus direitos civis.
Vale frisar que, historicamente, olhar o Brasil e não ver a miscigenação é como "negar o queijo com a faca na mão". A invasão europeia seguida da exploração dos povos nativos possibilitou que estes fossem vistos como inferiores e submissos durante os séculos seguintes, essa óptica do "Peri, índio de Cecília" que o povo brasileiro semeia se normalizou e contribui para a natural procedência que o Estado toma para com os povos "bonzinhos", os deixe de lado já que estão acostumados a viverem "em baixo de vários tapetes" quando o governo ignora seus direitos à saúde, educação, bem estar e até às terras ao limitarem seus hectares, ao lidar indevidamente com as invasões de reservas, etc.
Outrossim, o zelo com essas comunidades torna-se cada vez mais inalcansavel quando o que o conduz o povo brasileiro é um regime com ideais de origem racistas que falham com esses povos ao adotarem políticas inclusivas pretensiosas que desviam o foco de problemáticas alarmantes como a forma como encaram a extinção de um dos 106 idiomas nativos que restam desde a colonização, quando eram em torno de mil. A displicência com que o Estado trata emergências desse contexto, deixa claro que os povos indígenas ainda estão sofrendo um tipo de exploração que os aprisiona em grilhões constitucionais, presos a leis as quais não tem acesso quando precisam, quando suas terras são devastadas por invasores, por mudanças climáticas e até por não terem acesso fácil e seguro à hospitais e escolas. Ainda, é importante destacar que o povo indígena não partilha da liberdade constitucional. Diz-se " Os homens só conseguem experimentar o significado das coisas quando podem falar e ser inteligíveis entre si", esse cenário é improvavel quando uma comunidade inteira é deixada de lado por incompetência governamental e racismo.
Dito isso, é inconcebível que os povos supracitados continuem sendo escanteiados pela República. O Ministério do Desenvolvimento Social deve trabalhar para capacitar melhor sua estratégia de reconhecimento e preservação das terras indígenas delimitadas concomitamente com as autoridades regionais tais como polícia civil e militar que deverão realizar fiscalizações eficazes das terras permitindo a segurança dos indígenas e garantindo seus direitos como brasileiros, previstos na Carta Magna, as acoes ditas nao serao suficientes para curar as feridas deses povos ao longo dos séculos, ainda assim, são um ponto de partida mais eficaz que a negligência.
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