Redação #1267966
Previsão: 27/12/2022
O mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles. À afirmação, atribuída à filósofa francesa Simone de Beauvoir, pode ser facilmente aplicada a desvalorização de comunidades e povos tradicionais do Brasil, já que por mais escandaloso do que a ocorrência dessa problemática é o fato da população se habituar a essa realidade. Logo, é a naturalidade de como a situação é tratada no país. Nesse Prisma, destacam-se dois aspectos importantes: A negligência da população acerca disso e o descaso do Estado.
Em uma análise inicial, evidencia-se que, na sociedade contemporânea, essas culturas históricas estão sendo excluídas e esquecidas, pois, hoje em dia as pessoas só conhecem a história dos indígenas e mesmo assim não se importam com eles. Sob essa ótica, empresas cominam os territórios e direitos dos demais grupos, em busca de lucros ambientais. Sendo assim, o desinteresse e cuidado da população é nocivo.
Além disso, é notório a falta de preocupação por parte do Estado em proporcionar a preservação e valorização dos povos e comunidades. Os cidadãos deveriam conhecer a vida de todos os grupos reconhecidos oficialmente, como os extrativistas, caatingueiros, pescadores, dentre outros... Talvez assim ganhassem a valorização e o reconhecimento que merecem. Nesse viés, a frase dita por Paulo Freire, educador brasileiro â€" "A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades" se encaixa muito bem, as necessidades de todos os indivíduos são respeitados e que todos tenham acesso às mesmas oportunidades.
Diante desse cenário, consta-se que medidas são necessárias para mitigar essa situação. Desse modo, cabe ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos em parceria com a Mídia, trazer informações e conscientização, através de propagandas e redes sociais, trazendo essa temática para debate em casas e escolas, de modo que valorizem essa minoria. De forma geral, é assunto de interesse comum para a construção de uma sociedade mais justa. Afinal, um Estado democrático tem como base o respeito da dignidade da pessoa humana.
Porto Alegre - RS