Redação #1272270
Por conta da desigualdade social, uma parcela da população, por não ter onde morar, vive em situação de rua, o que traz o questionamento a respeito dos impactos do frio em suas vidas. Sem assistência do governo, muitos deles acabam por não resistir à hipotermia e virem a óbito, além de terem doenças agravadas durante o frio intenso.
Há falta de assistência por parte do governo aos moradores de rua durante o frio. Atualmente, ao discar 156 no telefone, é possível acionar a prefeitura para que moradores de rua sejam levados para um abrigo durante a noite. Contudo, o serviço é demorado, por vezes chega ao local perto do horário que se deve deixar o abrigo, de forma a não ser totalmente útil. Isso foi visto em São Paulo próximo ao inverno de 2019, conforme relata o morador de rua Eduardo Moisés de Souza, que foi acolhido às cinco horas da manhã, sendo que às sete, teria que se retirar. Assim, nota-se como a falta de assistência tem dificultado para aqueles nessa situação.
Ademais, ocorre também o aumento de doenças em decorrência das frentes frias. Segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), casos de infarto e doenças respiratórias e cardíacas podem ser acentuados durante o período. Por conta da exposição às baixas temperaturas, a população de rua é ainda mais suscetível a esses quadros, o que se faz visível nas autópsias nos casos de óbito, em que muitas vezes descobre-se a existência de doenças cardiovasculares.
Portanto, para combater os problemas supracitados, é necessário que os governos municipais acolham os moradores de rua para abrigá-los durante as noites mais frias, de forma organizada e menos demorada. Assim, haverão menos casos de óbitos e agravamento de doenças durante as frentes frias.
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