Redação #1359733
Previsão: 15/05/2023
A Revolução Francesa, que ocorreu em 1789, teve como estopim a insatisfação popular do terceiro estado, formado por camponeses que representavam mais de 90% da sociedade na época, em busca de visibilidade civíl e direitos iguais. Nos dias atuais, é visto a problemática de cidadãos à margem no Brasil frente a percepção do Estado e do indivíduo, causado pela negligência social e a falta de suporte estatal, barreira pública que demanda atenção para ser corretamente derrubada.
De início, é importante ressaltar que este impasse possui uma definição: "Aporofobia". O termo, recém criado, é utilizado para expressar o preconceito contra a população de rua, comumente praticado na negação de doar dinheiro ou em ações com indiferença. Segundo o conceito de "Empatia seletiva", desenvolvido por George Simmet, as respostas do indivíduo urbano são baseadas no nível intelectual e não no afeto sentimental, criando um cenário de invisibilidade da população ignorante que não encontra auxílio e oportunidades mediante o corpo social.
Ademais, a ausência de suporte do Estado agrava esta lacuna. De acordo com dados da Folha Uol, houve um aumento de 7,5% no censo da população de rua em apenas 15 anos. Sob esse parâmetro, é clara a falha da administração do Governo brasileiro que não arrecada condições de estruturação do indivíduo no meio coletivo, como na disponibilização eficiente de empregos e educação. Nesse sentido, segundo a filósofa Hannah Arendt, o ser humano deixa de ser um animal político quando age em prol de aquisições individuais e não no bem do todo. Deste modo, é evidente a fragilidade de relações políticas no país, dado a negação em credibilizar e combater problemas como o tematizado.
Portanto, medidas devem ser tomadas para solucionar o impasse. Cabe ao Governo Federal, por meio do Poder Legislativo ( órgão responsável na crianção de leis ), desenvolver um decreto constitucional afirmando um auxílio social para pessoas em situação de rua no Brasil, com o oferecimento de moradias e alimentação até o momento de estabilidade financeira e estrutural. Além disso, o Ministério da Cidadania deve criar o projeto "Olhe para mim". Essa campanha visará conscientizar a sociedade sobre o tratamento com cidadãos a mercê da população, com a finalidade de mudar positivamente seu olhar com o próximo.
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