Redação #5122
Colonização. Catequização. Expansão da fronteira agrícola. Concentração fundiária. De fato, a questão indígena no Brasil, encontra empecilhos desde o século XVI no que tange a preservação e perpetuação de suas culturas. Com base nesses obstáculos, cabe inferir sobre as raízes históricas e questões da atualidade que dificultam o reconhecimento dos povos nativos.
Primeiramente, vale analisar, o passado histórico nacional e sua influência na problemática indígena atual. O processo colonial brasileiro, influenciado pela contrarreforma da igreja católica, teve nas missões jesuíticas uma ferramenta de catequização dos povos nativos, não considerando suas crenças e cultura. Na carta do escrivão português Pero Vaz de Caminha, esse se refere aos índios como: ''seres sem alma''. Desse modo, a aculturação do índio e o não respeito às suas manifestações, são reflexo atualmente de um passado que não está tão distante assim.
Além disso, fenômenos contemporâneos do território brasileiro, corroboram a dificuldade dos autóctones em perpetuar suas tradições. Um levantamento feito pelo INCRA e o IBGE em 2009 mostra que: cerca de 44% das terras do país concentram-se com 1% da população. Com isso, as resoluções envolvendo a demarcação de terras indígenas enfrenta uma ''barreira'' ruralista, visto que esses representam o agronegócio brasileiro. Nesse sentido, embates rurais como o ocorrido no Maranhão em maio de 2017, no qual resultou em dezenas de indígenas feridos, cerceam o direitos desses - garantido na constituição de 1988- sobre o território que ocupam.
Fica-se evidente, portanto, que a falta de reconhecimento dos povos primitivos se estende desde os períodos coloniais no século XVI e que a questão do campo brasileiro, influência diretamente na resolução da problemática territorial dos povos nativos. Cabe ao Estado ampliar os investimentos na FUNAI, afim de averiguar e solucionar boa parte das reivindicações pela demarcação do território. Ademais, as escolas devem incluir nas aulas de história, um maior aprofundamento sobre as diversas tribos, hábitos e costumes do índio brasileiro, afim de conscientizar, a longo prazo, os futuros cidadãos do país. Só assim, o direito constitucional de preservação da cultura indígena será devidamente respeitado.
Primeiramente, vale analisar, o passado histórico nacional e sua influência na problemática indígena atual. O processo colonial brasileiro, influenciado pela contrarreforma da igreja católica, teve nas missões jesuíticas uma ferramenta de catequização dos povos nativos, não considerando suas crenças e cultura. Na carta do escrivão português Pero Vaz de Caminha, esse se refere aos índios como: ''seres sem alma''. Desse modo, a aculturação do índio e o não respeito às suas manifestações, são reflexo atualmente de um passado que não está tão distante assim.
Além disso, fenômenos contemporâneos do território brasileiro, corroboram a dificuldade dos autóctones em perpetuar suas tradições. Um levantamento feito pelo INCRA e o IBGE em 2009 mostra que: cerca de 44% das terras do país concentram-se com 1% da população. Com isso, as resoluções envolvendo a demarcação de terras indígenas enfrenta uma ''barreira'' ruralista, visto que esses representam o agronegócio brasileiro. Nesse sentido, embates rurais como o ocorrido no Maranhão em maio de 2017, no qual resultou em dezenas de indígenas feridos, cerceam o direitos desses - garantido na constituição de 1988- sobre o território que ocupam.
Fica-se evidente, portanto, que a falta de reconhecimento dos povos primitivos se estende desde os períodos coloniais no século XVI e que a questão do campo brasileiro, influência diretamente na resolução da problemática territorial dos povos nativos. Cabe ao Estado ampliar os investimentos na FUNAI, afim de averiguar e solucionar boa parte das reivindicações pela demarcação do território. Ademais, as escolas devem incluir nas aulas de história, um maior aprofundamento sobre as diversas tribos, hábitos e costumes do índio brasileiro, afim de conscientizar, a longo prazo, os futuros cidadãos do país. Só assim, o direito constitucional de preservação da cultura indígena será devidamente respeitado.
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Gabriel Azevedo da Cunha
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