Redação #5704
Os ideais Iluministas de igualdade e liberdade preconizados no século XVIII e o a Declaração Universal dos Direitos Humanos implicaram em significativas mudanças sociais, sobretudo na conquista de direitos de grupos historicamente marginalizados como o LGBTs. Todavia, apesar desses avanços, atos brutais de agressão física ou verbal motivada pela orientação sexual de uma pessoa, são cada vez mais frequentes em países como o Brasil, no qual a cultura heteronormativa impositiva, a ausência de uma legislação que criminalize a homofobia e o incipiente debate sobre a supracitada temática representam grandes entraves no exercício na isonomia.
Ressalta-se que os fatores primordiais para a existência de atos de homofobia no Brasil residem nos valores machistas e conservadores, os quais estabelecem poder sobre os comportamentos individuais e os subjuga. Isso ocorre porque, segundo Michel Foucault, na obra “História da Sexualidade”, instituições sociais como a família patriarcal, a religião e a escola contribuíram para a disseminação de discursos normativos de sexualidade, com o fim de regular o sexo e considerá-lo como algo subversivo. Nessa perspectiva, infere-se que a opressão moral reduziu o debate sobre orientação sexual, do sexo como um fato social e evento natural. Em contrapartida, tal distorção naturalizou o discurso heteronormativo,bem como o de ódio contra os homossexuais.
Ponta-se, ainda, a negligência do Estado como importante fator de persistência da violência contra a comunidade LGBTs. Essa indiferença é perceptível na ausência de uma legislação específica que criminalize a homofobia, a despeito dos crescentes casos de agressões físicas, verbais e psicológicas contra esse grupo. Prova disso é que, de acordo com a Associação Internacional de Lésbicas e Gays (ILGA), o Brasil é o país como maior número de homicídios de LGBTs nas Américas. Ademais, constata-se a ausência de políticas públicas nas áreas da educação e da cultura para formar uma sociedade empática e comprometida com o exercício da ética e dos direitos humanos desvinculados, por exemplo, de construções morais que preterem e subjugam grupos de indivíduos por questões de orientação sexual.
Destarte, visando arrefecer a problemática da homofobia no Brasil, faz-se necessário que o Estado, por meio do Poder Judiciário crie uma lei para tornar a homofobia crime, mediante a aprovação da proposta existente na Assembleia Legislativa. Especificando nesse código a criação de delegacias especializadas para denúncias, casas de abrigo e centros de referência que acolha tal grupo, como ocorre na Lei Maria da Penha. A partir dessas medidas, o agressor será punido e as vítimas terão assegurados direitos como: justiça, segurança e assistência. É imperioso ainda, que as Secretarias da Educação incluam nas Diretrizes de Ensino temáticas sobre respeito às diferenças e sexualidade, por intermédio de feiras de ciência e cultura, que abordem sobre o corpo humano nos âmbitos biológico e social, dialogando sobre identidade de gênero, orientação sexual e homossexualidade. Isso em parceria com comunidades de pais e profissionais especializados (pedagogos, médicos, psicólogos e sociólogos), a fim de desconstruir o estereótipo heteronormativo e a falácia da existência do “homossexualismo”. Assim, o século XXI tornar-se-á um período de mudanças marcantes na história como representou o Iluminista.
Ressalta-se que os fatores primordiais para a existência de atos de homofobia no Brasil residem nos valores machistas e conservadores, os quais estabelecem poder sobre os comportamentos individuais e os subjuga. Isso ocorre porque, segundo Michel Foucault, na obra “História da Sexualidade”, instituições sociais como a família patriarcal, a religião e a escola contribuíram para a disseminação de discursos normativos de sexualidade, com o fim de regular o sexo e considerá-lo como algo subversivo. Nessa perspectiva, infere-se que a opressão moral reduziu o debate sobre orientação sexual, do sexo como um fato social e evento natural. Em contrapartida, tal distorção naturalizou o discurso heteronormativo,bem como o de ódio contra os homossexuais.
Ponta-se, ainda, a negligência do Estado como importante fator de persistência da violência contra a comunidade LGBTs. Essa indiferença é perceptível na ausência de uma legislação específica que criminalize a homofobia, a despeito dos crescentes casos de agressões físicas, verbais e psicológicas contra esse grupo. Prova disso é que, de acordo com a Associação Internacional de Lésbicas e Gays (ILGA), o Brasil é o país como maior número de homicídios de LGBTs nas Américas. Ademais, constata-se a ausência de políticas públicas nas áreas da educação e da cultura para formar uma sociedade empática e comprometida com o exercício da ética e dos direitos humanos desvinculados, por exemplo, de construções morais que preterem e subjugam grupos de indivíduos por questões de orientação sexual.
Destarte, visando arrefecer a problemática da homofobia no Brasil, faz-se necessário que o Estado, por meio do Poder Judiciário crie uma lei para tornar a homofobia crime, mediante a aprovação da proposta existente na Assembleia Legislativa. Especificando nesse código a criação de delegacias especializadas para denúncias, casas de abrigo e centros de referência que acolha tal grupo, como ocorre na Lei Maria da Penha. A partir dessas medidas, o agressor será punido e as vítimas terão assegurados direitos como: justiça, segurança e assistência. É imperioso ainda, que as Secretarias da Educação incluam nas Diretrizes de Ensino temáticas sobre respeito às diferenças e sexualidade, por intermédio de feiras de ciência e cultura, que abordem sobre o corpo humano nos âmbitos biológico e social, dialogando sobre identidade de gênero, orientação sexual e homossexualidade. Isso em parceria com comunidades de pais e profissionais especializados (pedagogos, médicos, psicólogos e sociólogos), a fim de desconstruir o estereótipo heteronormativo e a falácia da existência do “homossexualismo”. Assim, o século XXI tornar-se-á um período de mudanças marcantes na história como representou o Iluminista.
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luciana
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