Redação #956346
Previsão: 28/03/2022
A questão da fome no Brasil e seus fatores motivadores
A Constituição de 1988 assegura em seu artigo 6 o direito à alimentação como inerente a todos cidadãos.Entretanto,quando apontada a questão da fome no Brasil é notório que essa prerrogativa é constatada na teoria e não desejavelmente na prática.Sob essa óptica,cabe salientar o descaso governamental e a má distribuição de renda como agravantes do revés.
Diante desse cenário, é importante mencionar a negligência do governo,comprovada quando destacado que mesmo que o estado tome ações para combater a fome no país elas são insuficientes ou ineficazes.Perceptível,quando colocado em evidência,por exemplo,o auxílio emergencial,medida tomada pelo governo para auxiliar as famílias de baixa renda durante o começo da pandemia.Já que,ele não foi suficiente para garantir que todos possuíssem o acesso a ele,e também por ser um valor muito pequeno não consegue assegurar uma alimentação saudável,suficiente e constante para a maioria das residências,principalmente aquelas que os indivíduos perderam o emprego.Dessa forma, é evidente a quebra do contrato social,teoria defendida por John Locke,já que o poder maior não assegura o bem estar do povo ao não garantir algo tão essencial como a alimentação.
Ademais, é oportuno citar a obra "corte de rosas e espinhos",no qual Freyre,protagonista feminina,e sua família passam por péssima condições de insegurança alimentar e fome,enquanto aqueles ao seu redor possuem comida em abundância.Fora da ficção,uma conjuntura dessa ocorre,principalmente,devido a má distribuição de renda,já que há um desequilíbrio entre aqueles que possuem alta renda e os mais pobres.Paralelamente,no país tupiniquim muitos sujeitos passam pela mesma situação,comprovado quando apontado que de acordo com pesquisas da Universidade de Brasília cerca de 60% dos domicílios brasileiros passam por insegurança alimentar,enquanto apenas uma pequena parcela da população possui comida em excesso.Logo, é evidente a necessidade de mitigação dessa problemática.
Portanto,para que o imbróglio seja atenuado cabe ao Estado por intermédio do Poder Executivo e do Ministério da Economia a realização de um programa,que por meio da disponibilização de um cartão de vale alimentação que dará acesso a três refeições diárias saldáveis e suficientes para suprimir as calorias necessárias-que será entregue para os sujeitos que passam fome ou estão em insegurança alimentar -amenizará o problema da fome.Além disso,os mesmo agentes devem,através de verbas e um maior investimento,melhorar as políticas públicas(como saúde e educação)a fim de diminuir a má distribuição de renda.Tudo isso será feito com o fito de que o país garanta na prática o que é constado em sua Constituição.
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