Redação #963361
Previsão: 07/04/2022
Na música Helwa ya baladi, da cantora franco-egípcia Dalida, é apresentada uma história de amor melancólica e saudosista entre um exilado e o seu país, do qual teve que partir. Na realidade atual, o intenso fluxo de indivíduos com relatos semelhantes, na condição de refugiados, resultou em uma crise humanitária sem precedentes, um motivo de dor e angústia para essas vidas humanas. Desse modo, torna-se premente a análise das principais causas do problema: os conflitos armados e a perseguição religiosa.
Deve-se destacar, por primeiro, que países em guerra são zonas predispostas a serem pontos de expulsão de humanos, logo é imprescindível o fim de tais horrores. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), a Síria, país do Oriente Médio em guerra civil desde 2011, por exemplo, é a origem de cerca de 6,5 milhões dos refugiados da contemporaneidade, um número claramente exorbitante, a saber, fruto da odiosa violência bélica. Além disso, de acordo com a Mídia internacional, uma parcela considerável dessas pessoas submetem-se a transportes de alto risco, principalmente na travessia do Mediterrâneo, cenas extremamente tristes e inadmissíveis que não cessarão sem políticas proporcionais à tormenta. Assim, é necessária a intervenção urgente das entidades internacionais no tema.
Vale salientar, outrossim, que em Estados onde não existe liberdade religiosa, o exílio é a única maneira das minorias exercerem o direito inviolável de culto livremente. Um caso atual, para ilustrar, é a perseguição aos cristãos curdos na Turquia, os quais tiveram, em 2020, suas aldeias violadas, crime hediondo com uma consequente produção de refugiados. Indubitavelmente, ataques dessa espécie intensificam a crise humanitária observada e são, por si só, inaceitáveis. Com efeito, os Direitos Humanos devem ser promovidos com maestria em lugares como esse.
Diante disso, é mister uma forma de atenuar o problema. Para isso, a ONU deve, por meio da criação de áreas livres de conflitos em regiões em guerra, da promoção dos Direitos do Homem e de sanções a regimes autoritários, auxiliar os refugiados em sua marcha, na figura da ACNUR, e prevenir essa condição, a fim de eliminar a crise supracitada e, por conseguinte, preservar a dignidade do ser.
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