Redação #967653
"Atravessamos o mar Egeu,com o barco cheio de fariseus,com os cubanos,sírios,ciganos".Fora da musicalidade,observa-se que,na conjuntura brasileira,há casos de chegada de refugiados de todo o mundo no país,conforme a música dos Tribalhistas.Por esse ângulo,é preciso destacar,ainda,que as dificuldades enfretadas por eles desde a saída de seus países de origem não terminam com a chegada ao novo mundo,já que,o preconceito e a desimformação apresentam-se junto com eles.
Sob esse viés,faz-se necessário aludir o período da Segunda Guerra Mundial, onde diversos refugiados vieram para o Brasil em busca de abrigo e trbalho.Sendo assim,é perceptível que a crise humanitária dos refugiados não é uma adversidade recente.No tocante,ao autor Paulo Autran,percebe-se que,todo preconceito é fruto da ignorância,e qualquer atividade cultural contra preconceito é válido.Portanto,seguindo a ótica de Autran,no século XXI não deve haver espaço para preconceitos e ações xenofóbicas,devido ao longo período de aprendizagem com as culturas diferentes e aos ensinamentos passados pelos antescedentes,mas ainda há um longo caminho para erradicar as hostilidades.
Outrossim,ressalta-se que a crise humanitária dos refugiados,traz consequências aos cidadãos e ao país,posto que,dentre os maiores obstáculos estão o desemprego e a fome, tornando um problema social.Nessa perspectiva, é plausível referenciar o filósofo Platão,que,em sua obra "A República",narrou "O Mito da Caverna",em que homens acorrentados nas paredes,acreditando,portanto,que aquela era a realidade das coisas.Dessa forma, é notório que, em situações análogas a metáfora abordada,os refugiados tenham dificuldades na adaptação,bem como,os brasileiros no assenso das culturas,haja vista que a falta de informação e empatia para com os imigrantes dificultam a convivência harmônica.
Destarte,é indubitável que os reveses da crise de refugiados dificultam a coabitação. Desse modo,cabe ao Executivo Federal, por meio da Ministério da Justiça, propiciar um aprimoramento da vivência dos refugiados,além de divulgar nas mídias formas de como ajudar os imigrantes, para que,assim, possam ter oportunidades de empregos, a fim de melhorar as condições de vida. Portanto, espera-se que as dificuldades na travessia do Mar Egeu enfretadas pelos fariseus permaneçam na letra de música e não propague para a hodiernidade.
São Luís - MA