Redação #1029238
Previsão: 23/05/2022
Na obra "Teologia do traste",de Manoel de Barros,é retratada a relevância de dar valor a situações frequentemente ignoradas ou esquecidas.Nesse contexto,paralelamente,é evidente a necessidade de dar destaque ao corte de verbas,que acarreta um futuro incerto para as universidades federais brasileiras,uma vez que esse problema é consequência da falta de ênfase desse quadro.Sob essa óptica,cabe salientar o descaso com a educação no país e a negligência governamental como uns dos agravantes do revés.
Diante desse cenário,primeiramente, é importante ressaltar o desleixo com a educação.Isso porque,como afirma Paulo Freire,a educação é a principal ferramenta para que uma sociedade se desenvolva,e apesar disso ela não recebe o devido destaque e é tratada como algo irrelevante para o corpo social.O que é comprovado, quando apontado que cada vez menos cidadãos,principalmente os de classe baixa,possuem acesso e oportunidade de entrar em faculdades.Já que as instituições de ensino superior federais não possuem estrutura para suportar muitos estudantes e as vagas de cotistas e bolsistas vem sendo reduzidas.Dessa forma, é evidente que a Constituição Federal é assegurada apenas na teoria e não na prática,uma vez que o direito à edução e igualdade não são garantidos a todos.
Ademais,segundamente,vale frisar a ineficiência do governo em certificar o contrato social,teoria defendida por John Locke,já que ele não cumpre sua função em assegurar o bem estar e prerrogativas básicas a população.Prova disso, é que desde o ano de 2014 o orçamento para universidades federais caiu em cerca de 69%,segundo dados da Andifes.E que,graças a esse quadro problemático cada vez menos sujeitos se inscrevem ou tentam entrar em faculdades,já que os meios de ingressar nessas instituições cada ano se tornam mais competitivas e difíceis e consequentemente aqueles que precisam de universidades federais possuem cada vez menos oportunidade,o que ocorre por causa dos cortes de verbas.Logo, é notória a inércia estatal.
Portanto,medidas para que esse panorama recebe o devido ênfase são necessárias.Assim,cabe ao Estado,por intermédio do Poder Executivo e o Ministério da Economia,realizar um maior investimento na educação,por meio da revisão e melhor distribuição de verbas e da criação de um programa para arrecadação de dinheiro,através principalmente de ONGs,no qual financiará melhoramentos nas estruturas das faculdades federais,como finalização de construções inacabadas e melhoria na segurança,luz e água.Tudo será realizado com o fito de que esse cenário não se enquadre mais como uma situação ignorada,segundo a lógica de Manuel de Barros
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