Redação #1094497
Previsão: 15/07/2022
Durante a Era Vitoriana, no século XIX, a educação ao redor do mundo era direcionada apenas para filhos de aristocratas e burgueses, e às demais crianças pobres restava ocupar-se o tempo com atividades laborais em indústrias ou no campo. No contexto atual do Brasil, mesmo sendo um direito garantido na constituição, jovens de baixa renda não recebem o devido apoio governamental no seu processo de ensino e as escolas possuem métodos retrógrados e muitas vezes ineficientes, e dá-se a partir daí, um elevado número de evasão escolar.
Para o mestre em Letras pela Unesp, Luiz Cagliari, a escola perfeita é aquela que não julga um aluno com base em notas, mas sim um ambiente que constrói respeito e ajuda mútua de aprendizado. Nesse sentido, é evidente um dos principais fatores para o desinteresse dos estudantes para com o estudo. Nas salas de aula brasileiras, é visto tanto aulas sem didática, quanto provas e exercícios extensos e cansativos, que são dados sem o devido preparo. Um ponto salientado é que torna-se impossível alcançar uma nota alta quando o conteúdo foi passado sem o devido cuidado. Notas baixas são frequentemente punidas com bullying e humilhações, fazendo o estudante gerar aversão a escola. Logo, os docentes e o restante do corpo escolar deve reinventar o tratamento e o ensino aos discentes, visando o maior aproveitamento possível para todos os alunos.
No livro Corte de espinhos e Rosas, a personagem principal precisa interromper os estudos para caçar e garantir o sustento da família, uma vez que se encontravam numa pobreza extrema. Muitas crianças e adolescentes se deparam em dado momento da vida escolar com a necessidade de complementar a renda em casa, e muitas vezes a única saída é abandonar as salas de aula para trabalhar. O governo, ciente disso, é omisso e negligente, pois é seu dever cumprir a lei, garantindo o direito do jovem a educação. Sendo assim, incentivos financeiros para estudantes carentes é algo fundamental para sua permanência na escola.
Em suma, o problema da evasão escolar no Brasil merece atenção tanto do governo, assumindo medidas de apoio com verbas e bolsas para alunos de baixa renda, quanto das escolas, que devem reestruturar o método de ensino, agindo de maneira humana e sem humilhação, enxergando o aluno, e não apenas suas notas. Dessa forma, a problemática será atenuada
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