Redação #1096250

A série da Netflix, "Heartstopper", apresenta para o público as dificuldades vivenciadas por jovens LGBTQ+, como o bullying e o preconceito. De maneira análoga a série, está a realidade dos brasileiros pertencentes a comunidade, que sofrem com a discriminação por parte da população verde-amarela. Nesse prisma, destacam-se dois aspectos que auxiliam na continuidade do problema: a ignorância da sociedade, e a falta de amparo do Estado para as minorias.

Em primeira análise, evidencia-se que o governo atual mede esforços para conter a homofobia, além de perpetuar a mesma, quando utiliza discursos de "defesa da família tradicional" e a própria Bíblia para defender seu ponto. Sob essa ótica, Thomas Hobbes destaca, em sua teoria do Contrato Social, que é dever do Estado fornecer os serviços necessários para o bem-estar da população. Dessa forma, pode-se afirmar que o governo não cumpre o papel previsto na tese do pensador, visto que incentiva a LGBTfobia e não assegura seus direitos.

Além disso, é notório que a falta de conhecimento dos brasileiros colabora com a problemática, já que aqueles com menos informações se tornam facilmente influenciados pela maioria dominante e reproduzindo seus pensamentos anti-LGBT. Desse modo, a pensadora Djamila Ribeiro afirma que para encontrar uma solução para uma adversidade, faz-se necessário retira-la da invisibilidade. Consoante a isso, é perceptível que pessoas com menos acesso a informação e a debates, são mais suscetíveis a não formular um pensamento crítico sobre o assunto.

Depreende-se, portanto, a adoção de medidas que venham a reduzir as investidas contra LGBT no Brasil. Dessa maneira, cabe as escolas, instituições sociais presentes na vida do indivíduo, incentivarem o respeito com as camadas menos privilegiadas da sociedade, como os LGBTS, por meio de um ambiente com debates e palestras, afim de que os cidadãos tornem-se menos preconceituosos. Somente assim, o Brasil não se verá mais refletido na série "Heartstopper".