Redação #1204059
Previsão: 14/10/2022
Perante a Constituição Federal a educação é um direito básico e imprescindível a todos. Entretanto, na sociedade vigente percebe-se que esse direito nem sempre chega ao povo, exemplo disso recai as pessoas com surdez, uma vez que, mesmo com anos de luta só tiveram sua língua oficial reconhecida em 2002. À vista disso, pode-se afirmar que a falta de visibilidade que esse grupo recebe estigmatiza ainda mais esse óbice.
Diante desse cenário, é importante destacar como a invisibilidade que os surdos enfrentam prejudica a formação dos mesmos. Nesse pensamento, elucida uma frase do famoso físico alemão Albert Einstein "É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito". Outrossim, é possível afirmar que essa invisibilidade a qual é tratado a comunidade se deve a intensa ignorância e preconceito da contemporaneidade, visto que, as pessoas não enxergam e não se conscientizam a respeito. Desse modo, há, consequentemente uma diminuição de indivíduos surdos ocupando espaço na sociedade.
Somado isso, a escassa acessibilidade que o estado agrega as escolas e outros espaços públicos pode também ser apontada como potencializadora. Sob esse viés, dilucida o artigo 27 da Constituição "A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo". Por esse ângulo, observa-se que, a inclusão não ocorre devidamente, deixando os indivíduos à mercê sem total capacidade de desenvolver uma vida com plena autonomia, dado que, mesmo que tenham sido alfabetizados e conseguido um diploma ainda encontram dificuldade no mercado de trabalho. Como resultado, há crescente número de indivíduos surdos desempregados e sem qualquer perspetiva de vida.
Portanto, infere-se que todos os segmentos sociais unam-se em prol a minimização dessa problemática. Sendo assim, cabe ao Poder Executivo, enquanto órgão responsável por administrar as leis, executar e fiscalizar as leis existentes para que sejam bem aplicadas, de modo que abras portas aos surdos. Concomitantemente, urge ao Ministério da Educação, por meio da realocação de recursos, promover aulas de libras em todas as escolas do Brasil e realizar campanhas de conscientização, visando que as pessoas enxerguem a importância da inclusão, e que por fim a educação seja de todos.
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