Redação #1251537
Na obra "O Espírito das Leis", Montesquieu enfatizou que é preciso analisar as relações sociais existentes em um povo para, assim, aplicar as diretrizes legais e abonar o progresso coletivo. No entanto, ao observar a luta antimanicomial no Brasil, certifica-se que a teoria do filósofo diverge da realidade tupiniquim comtemporânea, haja vista, a persistência do descaso com transtornos neurológicos e psicológicos, fato que impede a ascenção do Estado brasileiro. Com efeito, é imprescindível enunciar os aspectos socioculturais e a insuficiência legislativa como pilares fundamentais da chaga.
É importante considerar, antes de tudo, o fator grupal. Conforme o pensador Jugen Habermas, a razão comunicativa- ou seja, o diálogo- constitui etapa fundamental do desenvolvimento social. Nesse interím, a falta de estímulo ao debate a respeito da saúde mental de cada indivíduo,todavia, coibe o poder transformador da deliberação e, consequentemente, ocasiona o estranhamento da população. Destarte, discorrer criticamente a problemática é o primeiro passo para a consolidação do progresso sociocultural habermaseano.
Além disso, merece destaque o quesito constitucional. Segundo, Jean-Jacques Rousseau, os cidadãos cedem parte da sua liberdade adquirida na circunstância natural para que o Estado garanta seus direitos intransigentes. Entretanto, a liberdade de pessoas com laudos psiquiátricos, contrasta com a visão do pensador na medida que ela é cerceada. Dessa forma, ações devem ser tomadas pelas autoridades competentes com o fito de dirmir o revés.
Entende-se portanto a temática como sendo um obstáculointtínseco de raízes socioculturais e legislativas. Logo, a mídia, por intermédio de programas de grande audiência, irá discutir com psicólogos, psiquiatras, com o objetivo de mostrar as reais consequências do problema, apresentar visão crítica e orientar os espectadores a respeito do impasse. Essa medida ocorrerá por meio da elaboração de um plano estatal em parceria com o Ministério das Comunicações. Em adição, o Ministério da Saúde, em parcerias com Ongs de apoio a saúde da mente, deve estabelecer um plano de atendimento menos invasivo para casos clínicos de transtornos mentais, de alta, média, ou baixa gravidade, trazendo um melhor atendimento. Desse modo, com a deliberação de Habermas e a justiça de Rousseau, a sociedade brasileira terá o progresso sociocultural concrtetizado, como enfatizou Montesquieu.
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