Redação #1259744
Previsão: 24/11/2022
Na obra "Brasil: uma biografia",a antropóloga Lilia Schwarcz afirma a existência de uma "política de eufemismos",já que alguns problemas tendem a ser suavizados e não recebem a devidada visibilidade. De forma, analóga no Brasil contemporâneo, essa perspectiva dialoga diretamente com o descasode uma parcela da população vivendo em condições de rua.Com efeito,sobretudo, é oportuno destacar a negligência estatal, bem como a inércia social.
Diante dessa perspectiva, é oportuno salientar a omissão estatal como intensificador desse óbice. A esse respeito, Zygmut Bauman, sociológo polonês, desenvolveu o conceito de "Instituições Zumbis", e segundo este, algumas instituições, a exemplo do Estado, até mantêm a sua forma,porém perderam a sua função social.Prova disso,é a escassez de investimentos em departamentos de proteção ao cidadão de rua,como abrigos, e a falta de assistência direcionada à eles.Dessa forma, enquanto as leis não forem cumpridas dignamente, parte desses problemas permanecerão sendo um impasse.
Outrossim, é impreterível ressaltar a inércia social como impulsionador desse prisma. Acerca desse contexto, o sociológo francês, Pierre Bordieeu, define a Teoria do Habitus, a qual defende que a sociedade possui padrões que são impostos, naturalizados, e posteriomente reproduzidos pela população.Mediante esse pensamento, é evidente a falta de empatia e descriminação das pessoas,visto que muitos ainda vivem situações precárias nas ruas.
Infere-se, portanto, medidas interventivas atenuantes para resolução dessa problemática. Desse modo, cabe ao Estado, responsável por garantir o bem-estar à todos, promover ações efetivas ,no tangente a cração de espaços de acolhimento dos moradores de rua, além de desenvolver campanhas para aassitência, garantindo que a população tenha participção ativa nesse processo, a fim de melhorar as condições de vida desses cidadãos. Posto isso, demasiada parcela dessas complicações seriam solucionadas.
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