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Raio Memetizador: projeto da UFF lança webmuseu colaborativo para expor e debater universo dos memes.
Uma sala de paredes brancas, luzes frias no teto e telas com molduras pomposas penduradas em sequência. Poderia ser um museu qualquer, mas, neste caso, algumas pinturas trazem inscrições como “Anham... Senta lá, Cláudia!”. É o #Museu de memes, lançado na web em julho passado. Uma plataforma virtual dividida basicamente em três seções: acervo, fontes e referências e eventos.
Tudo começou em 2011, quando Viktor Chagas, professor de Estudos de Mídias, identificou o grande interesse dos alunos em estudar memes e começou a reunir material e a pensar em propostas para discutir o tema. Logo depois, ministrou uma disciplina sobre o assunto e deu início aos #memeclubes, “uma mistura de cineclube com seminário acadêmico, uma reunião aberta à comunidade para assistir a uma ‘sessão’ de memes apresentada por alunos, com debate ao final. Fazemos isso desde 2012 e, agora, resolvemos dar outro passo: colocar esse nosso acervo à disposição do público na internet”, explica Chagas, que coordena o projeto da Universidade Federal Fluminense (UFF). E, por que “museu”, então? “Acho muito difícil compreender meme enquanto unidade de reprodução [como propõe, a partir de analogia genética, o teórico Richard Dawkins, autor do termo dos anos 1970]. Eu entendo como conjunto, coleção, acervo. Daí a ideia de museu”, comenta.
Meme pode ser compreendido como um gênero midiático, sendo mais complexo do que parece. “Só podemos entender memes se pensarmos em grupos de conteúdos que só fazem sentido como universo narrativo. Meme não é uma foto legendada e isolada, mas um conjunto de fotos legendadas, com gramática própria, criando idioma particular, desenvolvendo personagens”, explica Chagas.
(Adaptado de: FONTELLA, A. Revista de História.com.br. 1 ago. 2015. Disponível em: . Acesso em: 28 set. 2015.)
No trecho sublinhado no texto, os dois pontos precedem uma
Raio Memetizador: projeto da UFF lança webmuseu colaborativo para expor e debater universo dos memes.
Uma sala de paredes brancas, luzes frias no teto e telas com molduras pomposas penduradas em sequência. Poderia ser um museu qualquer, mas, neste caso, algumas pinturas trazem inscrições como “Anham... Senta lá, Cláudia!”. É o #Museu de memes, lançado na web em julho passado. Uma plataforma virtual dividida basicamente em três seções: acervo, fontes e referências e eventos.
Tudo começou em 2011, quando Viktor Chagas, professor de Estudos de Mídias, identificou o grande interesse dos alunos em estudar memes e começou a reunir material e a pensar em propostas para discutir o tema. Logo depois, ministrou uma disciplina sobre o assunto e deu início aos #memeclubes, “uma mistura de cineclube com seminário acadêmico, uma reunião aberta à comunidade para assistir a uma ‘sessão’ de memes apresentada por alunos, com debate ao final. Fazemos isso desde 2012 e, agora, resolvemos dar outro passo: colocar esse nosso acervo à disposição do público na internet”, explica Chagas, que coordena o projeto da Universidade Federal Fluminense (UFF). E, por que “museu”, então? “Acho muito difícil compreender meme enquanto unidade de reprodução [como propõe, a partir de analogia genética, o teórico Richard Dawkins, autor do termo dos anos 1970]. Eu entendo como conjunto, coleção, acervo. Daí a ideia de museu”, comenta.
Meme pode ser compreendido como um gênero midiático, sendo mais complexo do que parece. “Só podemos entender memes se pensarmos em grupos de conteúdos que só fazem sentido como universo narrativo. Meme não é uma foto legendada e isolada, mas um conjunto de fotos legendadas, com gramática própria, criando idioma particular, desenvolvendo personagens”, explica Chagas.
(Adaptado de: FONTELLA, A. Revista de História.com.br. 1 ago. 2015. Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/raio-memetizador>. Acesso em: 28 set. 2015.)
A reportagem utilizou-se de sequências tipológicas diferentes para abordar o tema. Respectivamente, predominam no 1º, no 2º e no 3º parágrafo as tipologias:
Irene no céu
Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:
– Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
– Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.
(BANDEIRA, M. Libertinagem e Estrela da Manhã: Irene no céu. Rio de Janeiro: MEDIA Fashion, [1936] 2008.)
Por meio de qual verso do poema é possível inferir que Irene é respeitosa e submissa?
Irene no céu
Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:
– Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
– Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.
(BANDEIRA, M. Libertinagem e Estrela da Manhã: Irene no céu. Rio de Janeiro: MEDIA Fashion, [1936] 2008.)
O verso: “– Entra, Irene. Você não precisa pedir licença”, retrata uma
Irene no céu
Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:
– Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
– Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.
(BANDEIRA, M. Libertinagem e Estrela da Manhã: Irene no céu. Rio de Janeiro: MEDIA Fashion, [1936] 2008.)
No poema, a palavra “bonachão”
Nova reforma?
Mal se implantam as regras do recente acordo ortográfico entre países lusófonos e já surge um movimento para fazer outra reforma, que simplificaria a ortografia. Ela seria mais uniforme (por exemplo, prescreve escrita uniforme para o fonema /s/, que sempre seria grafado com a letra ‘s’, o que resultaria em escritas como ‘sesta’ para as atuais ‘sexta’ / ‘cesta’ / ‘sesta’); e seriam eliminadas algumas “contradições” (‘estender’ e ‘extensão’, por exemplo).
Ora, qualquer análise da escrita popular e da produzida nos primeiros anos de escola mostra que os erros de grafia se dividem em diversos tipos: a) erros como escrever ‘casa’ e ‘exemplo’ com ‘z’, ‘caça’ com ‘ss’, ‘jeito’ com ‘g’ etc.; b) erros ligados à pronúncia variável (‘mininu’ (= menino), ‘curuja’ (= coruja), ‘anzou’ (= anzol), sem contar a famosa troca entre ‘mal’ e ‘mau’); c) juntar palavras separadas (‘serhumano’, com ou sem ‘h’) e separar palavras (‘ante posto’); d) acrescentar (‘apito’ = apto) ou tirar (‘habto’ = hábito) letras; e) eliminar ditongos (‘vassora’, ‘otro’, ‘pexe’) ou criá-los (‘professoura’, ‘bandeija’) etc.
Ou seja: uniformizar a grafia com base em análise fonológica não resolve o problema que se pretende resolver, porque se parte de duas hipóteses sem nenhum fundamento: a) que todos os falantes adotam a mesma pronúncia; b) que o único problema é a relação letra/fonema. Ora, como os poucos exemplos mostram, os problemas são mais numerosos e nenhuma reforma pode resolvê-los. Se projetos de reforma como o que tramita em Comissão do Senado forem levados adiante, pouquíssimos problemas de escrita que se encontram na escola e nas ruas serão solucionados. Simplesmente porque suas principais causas – a diversidade de pronúncias e as hipóteses dos escreventes – não podem ser controladas por lei.
Se a solução é óbvia, os caminhos para chegar a ela são conhecidos dos especialistas. Mas, infelizmente, são completamente desconhecidos não só pela “sociedade”, mas mesmo por representantes das letras de alto gabarito.
(Adaptado de: POSSENTI, S. O verdadeiro problema ortográfico. Ciência Hoje Virtual. 25 jul. 2014. Coluna Palavreado. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/o-verdadeiro-problema-ortografico>. Acesso em: 28 set. 2015.)
Um desvio linguístico muito comum na oralidade é a supressão do ‘r’ final das formas verbais. Observando, no segundo parágrafo, a classificação dos erros indicada pelo autor do texto, identifique o que justificaria a escrita de ‘acabá’ e ‘fazê’ em vez de ‘acabar’ e ‘fazer’, respectivamente.