Redação #933
Um dos maiores desafios da sociedade brasileira, desde o princípio de sua formação, é combater a corrupção. Essa mazela apresenta-se ao longo da história, a exemplo do voto de cabresto, cuja prática perpetuou-se por muito tempo, principalmente durante a Primeira República. Contudo, não basta somente analisar no âmbito político, é necessário compreender que essa desvirtuação não é, e nunca foi, exclusiva de uma única classe social. Desse modo, prever uma ruptura com a corrupção fundamenta-se na transformação do caráter de qualquer indivíduo.
O conflito de interesses seria um dos motivos pela manutenção desse problema, como no caso da reforma agrária. O uso da terra para exercer sua função social, desejada pelo MST, em oposição aos latifundiários, que inúmeras vezes utilizavam-se de práticas ilegais como a grilagem para manter a posse das propriedades é um exemplo clássico da corrupção. Ainda na questão política, a recente operação Lava Jato, envolvendo a empresa Petrobras e grandes nomes à frente da política brasileira revelam a deturpação do poder. Entretanto, não é somente a grilagem, a compra de votos ou o mau uso dos recursos públicos que configura a ilegalidade. O dilema está em perceber que não é somente o roubo de milhões que caracteriza um indivíduo corrupto, mas atitudes cotidianas que acabaram sendo "aceitas" pela maioria.
E mais, a eticidade é um dos princípios que baseia a conduta moral de cada sujeito. Seja a falta de instrução ou o meio ao qual se está submetido favorecem a sua carência, levando o indivíduo a adotar meios ilícitos de garantir benefícios. Para o filósofo Leibniz a honestidade é um dos preceitos morais básicos, assim, a ética consequentemente orienta a política. Ainda para a ciência filosófica, a ética está nos atos praticados por espontânea vontade, ao contrário da moral, que acontece somente por temor a possíveis punições. Dessa forma, estimular a ação que seja ética em sua essência é um começo para mudança no quadro que se delineia em toda a sociedade.
Vale ainda ressaltar um outro aspecto da corrupção no Brasil. Há muito mostrava-se com o caráter endêmico, espalhada por todo o país. Todavia, as recentes gestões elevaram o grau do problema chegando a afetar as estruturas do governo, o modo de operação de partidos e organizações, dando à corrupção o caráter sistêmico. É possível comparar a uma doença que conseguiu afetar o DNA e tornou-se ainda mais danosa. Isso gera facilmente um ciclo vicioso; quando os casos são comprovados mas não há uma medida satisfatória da Justiça, a tendência é que haja um incentivo para continuar na prática ilícita.
Ademais, a prisão preventiva dos investigados - recentemente defendida pelo juiz Sérgio Moro - seria uma ação para coibir a continuidade da corrupção. Algumas iniciativas dependem do governo, inclusive a aprovação de leis ou das emendas constitucionais. À luz dos argumentos acima, é ainda fundamental promover a educação como princípio transformador do caráter de cada indivíduo, que pode ser facilmente aplicada pela parceria entre os governos estaduais e municipais, através da complementação do ensino em sala de aula com debates públicos, integrando diversas áreas das ciências humanas.
O conflito de interesses seria um dos motivos pela manutenção desse problema, como no caso da reforma agrária. O uso da terra para exercer sua função social, desejada pelo MST, em oposição aos latifundiários, que inúmeras vezes utilizavam-se de práticas ilegais como a grilagem para manter a posse das propriedades é um exemplo clássico da corrupção. Ainda na questão política, a recente operação Lava Jato, envolvendo a empresa Petrobras e grandes nomes à frente da política brasileira revelam a deturpação do poder. Entretanto, não é somente a grilagem, a compra de votos ou o mau uso dos recursos públicos que configura a ilegalidade. O dilema está em perceber que não é somente o roubo de milhões que caracteriza um indivíduo corrupto, mas atitudes cotidianas que acabaram sendo "aceitas" pela maioria.
E mais, a eticidade é um dos princípios que baseia a conduta moral de cada sujeito. Seja a falta de instrução ou o meio ao qual se está submetido favorecem a sua carência, levando o indivíduo a adotar meios ilícitos de garantir benefícios. Para o filósofo Leibniz a honestidade é um dos preceitos morais básicos, assim, a ética consequentemente orienta a política. Ainda para a ciência filosófica, a ética está nos atos praticados por espontânea vontade, ao contrário da moral, que acontece somente por temor a possíveis punições. Dessa forma, estimular a ação que seja ética em sua essência é um começo para mudança no quadro que se delineia em toda a sociedade.
Vale ainda ressaltar um outro aspecto da corrupção no Brasil. Há muito mostrava-se com o caráter endêmico, espalhada por todo o país. Todavia, as recentes gestões elevaram o grau do problema chegando a afetar as estruturas do governo, o modo de operação de partidos e organizações, dando à corrupção o caráter sistêmico. É possível comparar a uma doença que conseguiu afetar o DNA e tornou-se ainda mais danosa. Isso gera facilmente um ciclo vicioso; quando os casos são comprovados mas não há uma medida satisfatória da Justiça, a tendência é que haja um incentivo para continuar na prática ilícita.
Ademais, a prisão preventiva dos investigados - recentemente defendida pelo juiz Sérgio Moro - seria uma ação para coibir a continuidade da corrupção. Algumas iniciativas dependem do governo, inclusive a aprovação de leis ou das emendas constitucionais. À luz dos argumentos acima, é ainda fundamental promover a educação como princípio transformador do caráter de cada indivíduo, que pode ser facilmente aplicada pela parceria entre os governos estaduais e municipais, através da complementação do ensino em sala de aula com debates públicos, integrando diversas áreas das ciências humanas.
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Giovanna Diniz
Belém - PA