Redação #1107787
Previsão: 23/08/2022
A Constituição de 1988,no artigo 6*,propõe que todo cidadão possua acesso aos direitos sociais,como à saúde e à moradia.Sob essa ótica,é inegável que a realidade é contrária,uma vez que a população de rua é ignorada pelo estado e deixado á margem,além da ausência de direitos vivenciada.Sendo assim,isso ocorre,seja pela carência de registro civil,seja pela disparidade social.
Diante desse cenário,é válido retomar o aspecto supracitado quanto a falta de registro civil,pois,contribui na permanência de uma sociedade invisível e excluída.Sob esses vieses,vale ressaltar a democracia excludente da Grécia Antiga,a qual poucos eram considerados cidadãos e ,assim,excluídos da participação política da cidade.Tal situação permanece na atualidade,porque,assim como teorizado por Zygmunt Bauman,em instituições zumbi,o estado é atuante,porém não cumpre com seu papel na eficiência.Desse modo,nota-se que indivíduos em situação de rua ausentes de documentos oficiais são verdadeiras vítimas do governo,haja vista que sua participação política no país é enfraquecida e ignorada de pauta.Nesse sentido,a cada 5 de 10 pessoas moradoras de rua no Brasil não tem registro civil,o que piorou na pandemia da Covid-19,a qual a população de rua foi marginalizada e reclusa do acesso aos direitos sociais,se distanciando do artigo 6 da Constituição.
Além disso, é lícito destacar a disparidade social como uma causa para o surgimento de pessoas em situação de rua.Isso acontece,porque Achille Mbembe profere,em Necropolítica,acerca da negligência governamental como fomentador da crise e das dificuldades que propagaram e que as tornam piores em épocas de maior vulnerabilidade ambiental,como tempestades.Com isso,fica claro que a razão por os indivíduos de rua,em sua maioria,serem pretos,tem origem do racismo e desigualdade que enfrentam desde o período colonial,conforme o site G1.Diante disso,é notório a falha do Governo em estabelecer devida igualdade e necessária importância com os que mais necessitam.
Infere-se,portanto,que ONGS estaduais,grandes instituição com devida importância nos problemas sociais,façam campanhas solidárias e ações sociais,como moradia temporária até estabelecer renda,por meio da propagação dessa tal ação em centros urbanos ou locais que moradores de rua se alojam,a fim de registrar civilmente e garantir um futuro menos complicado para sua participação como cidadão.Logo,espera-se um ambiente estável que colabore com a minimização do problema e reflita sobre as instituições zumbi de Bauman.
Aracaju -