Redação #3352
Em seus romances indianistas, José de Alencar expôs a relação de subsistência, exploração saudável e cooperação que o índio mantinha o meio ambiente. Contudo, por motivos socioeconômicos e culturais, tal relação entre o homem e a natureza foi substituída por uma exploratória e insalubre. No contexto hodierno, a preservação natural se submete à busca por lucros. Por causa disso, tornou-se uma realidade a presença de lixo em grandes quantidades nos contingentes urbanos, provocada, primordialmente, pelo elevado índice de consumismo da população, fazendo necessária a criação de medidas que resolvam a questão.
Com o advento da Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, o descarte inadequado de todo o material produzido transformou o acúmulo de lixo protagonista da convivência social das populações. Embora conhecidos como consequências de tais acúmulos, não obstante, o agravamento do efeito estufa e a proliferação de agentes patogênicos são, constantemente, ignorados no momento da criação de novos vazadouros a céu aberto. De acordo com o IBGE, mais de 50% das cidades brasileiras ainda faz uso de lixões, o que evidencia o descaso do governo e da população com relação aos fatores deletérios citados anteriormente.
Outro fator importante reside no fato de que as pessoas estão vivendo tempos de “modernidade líquida”, conceito proposto pelo sociólogo Zygmunt Bauman, o qual evidencia o imediatismo das relações sociais. Atualmente, pode-se notar que o fluxo de informações ocorre em alta velocidade, fenômeno que muitas vezes dificulta uma maior reflexão acerca dos dados recebidos, acostumando o ser a apenas utilizar o conhecimento prévio. O indivíduo, então, quando apresentado a outras ideologias, como o descarte responsável de resíduos e a redução, reutilização e reciclagem de produtos, tem dificuldade em respeitá-las, uma vez que sua formação pessoal baseou-se apenas em uma esfera de vivência, o que pode comprometer o convívio social e o pensamento crítico.
Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar o acúmulo de lixo no Brasil. Desse modo, cabe ao Ministério da Educação a criação de um programa escolar nacional, a partir do desenvolvimento de atividades inclusivas que visem contemplar as consequências do descarte inadequado e a importância da consciência coletiva na produção e consumo de dejetos. Paralelamente, é imprescindível a atuação de ONGs em comunidades, através da distribuição cartilhas informativas acerca da separação e reutilização do lixo no cotidiano, de modo a transformar os conceitos de reduzir, reciclar e reutilizar como protagonistas na resolução da problemática e desconstruir prévios paradigmas relacionados à questão. Por fim, parcerias público-privadas devem trabalhar na construção de aterros sanitários como alternativa aos lixões, a fim de diminuir os danos à natureza provocados pelos vazadouros. Dessa forma, a relação saudável comentada pelo romancista voltará a ser uma realidade no contexto brasileiro.
Com o advento da Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, o descarte inadequado de todo o material produzido transformou o acúmulo de lixo protagonista da convivência social das populações. Embora conhecidos como consequências de tais acúmulos, não obstante, o agravamento do efeito estufa e a proliferação de agentes patogênicos são, constantemente, ignorados no momento da criação de novos vazadouros a céu aberto. De acordo com o IBGE, mais de 50% das cidades brasileiras ainda faz uso de lixões, o que evidencia o descaso do governo e da população com relação aos fatores deletérios citados anteriormente.
Outro fator importante reside no fato de que as pessoas estão vivendo tempos de “modernidade líquida”, conceito proposto pelo sociólogo Zygmunt Bauman, o qual evidencia o imediatismo das relações sociais. Atualmente, pode-se notar que o fluxo de informações ocorre em alta velocidade, fenômeno que muitas vezes dificulta uma maior reflexão acerca dos dados recebidos, acostumando o ser a apenas utilizar o conhecimento prévio. O indivíduo, então, quando apresentado a outras ideologias, como o descarte responsável de resíduos e a redução, reutilização e reciclagem de produtos, tem dificuldade em respeitá-las, uma vez que sua formação pessoal baseou-se apenas em uma esfera de vivência, o que pode comprometer o convívio social e o pensamento crítico.
Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar o acúmulo de lixo no Brasil. Desse modo, cabe ao Ministério da Educação a criação de um programa escolar nacional, a partir do desenvolvimento de atividades inclusivas que visem contemplar as consequências do descarte inadequado e a importância da consciência coletiva na produção e consumo de dejetos. Paralelamente, é imprescindível a atuação de ONGs em comunidades, através da distribuição cartilhas informativas acerca da separação e reutilização do lixo no cotidiano, de modo a transformar os conceitos de reduzir, reciclar e reutilizar como protagonistas na resolução da problemática e desconstruir prévios paradigmas relacionados à questão. Por fim, parcerias público-privadas devem trabalhar na construção de aterros sanitários como alternativa aos lixões, a fim de diminuir os danos à natureza provocados pelos vazadouros. Dessa forma, a relação saudável comentada pelo romancista voltará a ser uma realidade no contexto brasileiro.
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Julie Gouvea
Curitiba - PR