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Acesse GrátisQuestões de Português - Leitura e interpretação de textos
Questão 10 6996885
ENEM Digital 1° Dia 2021Intenso e original, Son of Saul retrata horror do holocausto
Centenas de filmes sobre o holocausto já foram produzidos em diversos países do mundo, mas nenhum é tão intenso como o húngaro Son of Saul, do estreante em longa-metragens László Nemes, vencedor do Grande Prêmio do Júri no último Festival de Cannes.
Ao contrário da grande maioria das produções do gênero, que costuma oferecer uma variedade de informações didáticas e não raro cruza diferentes pontos de vista sobre o horror do campo de concentração, o filme acompanha apenas um personagem.
Ele é Saul (Géza Röhrig), um dos encarregados de conduzir as execuções de judeus como ele que, por um dia e meio, luta obsessivamente para que um menino já morto — que pode ou não ser seu filho — tenha um enterro digno e não seja simplesmente incinerado.
O acompanhamento da jornada desse prisioneiro é no sentido mais literal que o cinema pode proporcionar: a câmera está o tempo todo com o personagem, seja por sobre seus ombros, seja com um close em primeiro plano ou em sua visão subjetiva. O que se passa ao seu redor é secundário, muitas vezes desfocado.
Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à procura de um rabino que possa conduzir o enterro da criança, e por isso pouco se envolve nos planos de fuga que os companheiros tramam e, quando o faz, geralmente atrapalha. “Você abandonou os vivos para cuidar de um morto”, acusa um deles.
Ver toda essa via crucis é por vezes duro e exige certa entrega do espectador, mas certamente é daquelas experiências cinematográficas que permanecem na cabeça por muito tempo.
O longa já está sendo apontado como o grande favorito ao Oscar de filme estrangeiro. Se levar a estatueta, certamente não faltará quem diga que a Academia tem uma preferência por quem aborda a 2ª Guerra. Por mais que exista uma dose de verdade na afirmação, premiar uma abordagem tão ousada e radical como Son of Saul não deixaria de ser um passo à frente dos votantes.
Carta Capital, n. 873, 22 out. 2015.
A resenha é, normalmente, um texto de base argumentativa.
Na resenha do filme Son of Saul, o trecho da sequência argumentativa que se constitui como opinião implícita é
Questão 11 1283546
UECE 1° fase 2019TEXTO
Sinopse do filme Capitão América: Guerra Civil
Capitão América: Guerra Civil encontra Steve Rogers (Chris Evans) liderando o recém-formado time de Vingadores em seus esforços continuados para proteger a humanidade. Mas, depois que um novo incidente envolvendo os Vingadores resulta num dano colateral, a pressão política se levanta para instaurar um sistema de contagem liderado por um órgão governamental para supervisionar e dirigir a equipe.
O novo status quo divide os Vingadores, resultando em dois campos: um liderado por Steve Rogers e seu desejo de que os Vingadores permaneçam livres para defender a humanidade sem a interferência do governo; o outro seguindo a surpreendente decisão de Tony Stark (Robert Downey Jr.) em apoio à supervisão e contagem do governo.
Capitão América 3 tem direção dos irmãos Joe e Anthony Russo, produção de Kevin Feige e grande elenco formado por Scarlett Johansson (Viúva Negra), Sebastian Stan (Soldado Invernal), Anthony Mackie (Falcão), Emily Van Camp (Agente 13), Don Cheadle (Máquina de Combate), Jeremy Renner (Gavião Arqueiro), Chadwick Boseman (Pantera Negra), Paul Bettany (Visão), Elizabeth Olsen (Feiticeira Escarlate), Pail Rudd (Homem-Formiga), Frank Grillo (Ossos Cruzados), William Hurt (General Thunderbolt) e Daniel Brühl (Barão Zenom).
Disponível em: http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia118069/. Acesso em: 02.11.2018.
Tendo como base a sinopse acima, é correto afirmar que este gênero textual apresenta muitas semelhanças temáticas e estruturais com
Questão 10 7330735
UCS Inverno 2019A questão refere-se ao texto abaixo.
A aventura do cinema continua
Roger Lerina, em 20 de dezembro de 2017
O cinema completa 122 anos na semana que vem. Foi em 28 de dezembro de 1895, em Paris, que
os irmãos Lumière fizeram a primeira exibição pública paga de seu fabuloso invento: o cinematógrafo.
Os espectadores daquela sessão inaugural assistiram maravilhados, muitos deles aturdidos, à locomotiva
e sua composição que marchava célere do fundo da tela em direção à plateia. “A Chegada de um Trem na
[05] Estação” marca oficialmente o surgimento da expressão artística que melhor encarnou o espírito do século
XX – e que teima em encantar ainda hoje. Desde seu nascimento, a chamada sétima arte vem superando
obstáculos como limitações técnicas, descrédito intelectual, ataques moralistas, crises financeiras, atrações
concorrentes. Sua morte já foi decretada diversas vezes, mas seus supostos matadores nunca conseguiram
finalizar o serviço – a televisão, a internet, a TV a cabo, as séries na Netflix, mesmo a chegada do cinema
[10] falado. Os novos meios e formatos abalam e influenciam a produção cinematográfica, mas a demanda por
filmes é uma fome que por enquanto segue insaciada. Basta ver as extensas filas para assistir a “Star Wars:
Os Últimos Jedi”, formadas tanto por senhores que acompanham a saga como eu desde o primeiro título,
lançado em 1977, até moleques que só descobriram na semana passada o universo interestelar criado pelo
cineasta George Lucas.
[15] Dois exemplos de filmes recentes que ajudam a entender esse fascínio pelo cinema, o primeiro já em
cartaz em Porto Alegre, o outro deve estrear nesta quinta-feira: “Lumière! A Aventura Começa” (2016) e
“Corpo e Alma” (2017). A princípio, pouco em comum há entre o documentário que compila filmetes pioneiros
rodados pela empresa de Auguste e Louis Lumière e a ficção contemporânea húngara pré-selecionada para
o próximo Oscar de longa estrangeiro. Em ambos, no entanto, somos capturados pela força de imagens
[20] capazes de nos remeter a lugares e estados de espírito que transcendem o registro visual na tela.
Diretor do Instituto Lumière e do Festival de Cinema de Cannes, o francês Thierry Frémaux compilou e
comentou 108 curtas dos 1.422 filmados pelos irmãos inventores e seus cinegrafistas entre 1895 e 1905. São
filmes de 50 segundos no máximo, recuperados e restaurados por instituições de preservação chanceladas
por nomes como o do diretor norte-americano Martin Scorsese. Em “Lumière! A Aventura Começa”, o beabá
[25] do cinema é balbuciado diante dos nossos olhos: as noções intuitivas de enquadramento, a busca por
organizar os personagens e os objetos diante da câmera, a procura incansável pelos melhores ângulos,
as maneiras inventivas de driblar a fixidez e mudar a câmera de lugar – no começo, o equipamento não
podia ser movido. O encantamento do cinema já está todo lá em sua primeira infância: a documentação das
paisagens naturais e urbanas, o mundo do trabalho e do lazer, os folguedos em família nas casas de campo
[30] que lembram quadros de Renoir e a mundanidade parisiense que parece saída das páginas de um romance
de Proust, as cidades cujo panorama estava sendo rapidamente alterado pelo progresso e as regiões do
planeta ainda exóticas aos olhares ocidentais. Cartões postais do passado em preto e branco e silentes,
precários, mas dotados de uma beleza eloquente que sobrepassa a função de meramente catalogar uma
época, dialogando com nossa percepção atual da sociedade e das coisas que nos circundam.
[35] Mais de 120 anos depois das experiências desbravadoras dos Lumière, “Corpo e Alma” reafirma a
duradoura potência do cinema como veículo de narrações e emoções. Vencedor do Urso de Ouro, do
prêmio da crítica internacional e do júri ecumênico do Festival de Berlim deste ano, o drama da diretora
húngara Ildikó Enyedi seduz o espectador logo de início com sua estranheza ao mesmo tempo encantadora
e desconfortável. A história se desenrola no ambiente de um moderno abatedouro bovino, no qual trabalha
[40] o diretor financeiro Endre (Géza Morcsányi). A rotina do local é alterada com a chegada de Mária (Alexandra
Borbély), nova inspetora de qualidade que, além do rigor em seu ofício, chama a atenção por conta de seu
comportamento arredio e metódico. Endre tenta socializar com Mária, mas as abordagens são frustradas
por conta da dificuldade da bela jovem em interagir com outras pessoas. Quando, porém, descobrem
estar dividindo os mesmos sonhos, protagonizados por um casal de cervos à beira de um lago nevado, os
[45] solitários colegas ensaiam uma aproximação mútua cautelosa, dolorosa e cheia de percalços.
A sensação que “Corpo e Alma” provoca é ambivalente: às idílicas cenas oníricas de efeito
tranquilizador, o filme contrapõe incômodas imagens explícitas e documentais de como o gado é
desmembrado e processado para o posterior consumo humano. É sobre essa instabilidade desconcertante
como a vida que “Corpo e Alma” equilibra seu romance, conto agridoce de um homem e uma mulher,
[50] tentando transformar o sonho em realidade.
Acredito que, enquanto o cinema souber manejar essa mágica que nos faz trafegar entre um mundo e
outro, do sonho à realidade e vice-versa, sua aventura continuará tendo futuro.
Disponível em: http://rogerlerina.com.br/post/120/a-aventura-do-cinema-continua. Acesso em: 29 mar. 2019. (Adaptado.)
De acordo com o texto, é correto inferir que Roger Lerina
Questão 3 309609
UFVJM 2016/2 Texto I
O desafio da escolha profissional
Roseli Filizatti
Mello, F. A. F. (2002). O desafio da escolha profissional. São Paulo: Papirus, 240 p.
A opção por uma profissão nem sempre é algo fácil e pode tornar-se uma tortura para o jovem que necessita posicionar-se diante de uma profissão. Isso ocorre porque normalmente a escolha é feita numa época de transformações e mudanças físicas e psíquicas, o que por si só já gera conflitos. Além disso, a sociedade, a família e os amigos cobram urgência num posicionamento para o qual nem sempre o jovem está preparado.
No presente livro o autor disserta sobre a orientação vocacional, as dificuldades encontradas durante o processo de escolha profissional e sobre as consequências que uma escolha inadequada pode trazer. São explanadas também influências teóricas, tipos de orientação e reflexões sobre as variáveis relacionadas com a escolha profissional. Os títulos e subtítulos que compõem os sete capítulos do livro elucidam claramente o conteúdo tratado.
No primeiro capítulo, Orientação Vocacional e Psicologia: Visão Inicial, o autor relata um breve histórico sobre a orientação vocacional (OV) e discute o significado do termo vocação. Expõe os fundamentos teóricos que sustentam a OV, com base em diversas áreas de conhecimento psicológico: psicologia diferencial, psicologia do desenvolvimento, psicologia da personalidade e psicodinâmica, psicologia social e sociologia e psicologia industrial. O capítulo termina com a análise da influência externa e interna sobre os comportamentos humanos e o papel da OV nesse contexto, qual seja, ajudar o sujeito a se conhecer e a conhecer o seu meio, para então escolher uma profissão mais adequada a sua realidade e conteúdos internos.
Concepções sobre o Processo de Orientação Vocacional, o segundo capítulo, relata, a princípio, as principais teorias que conduzem a OV, abordando a psicometria, a carreira, a motivação e a teoria psicodinâmica. O autor descreve as teorias, ressalta seus pontos fortes e dificuldades e alega que o ideal seria uma integração dessas para melhor eficácia da OV. Defende que a OV faz parte de um processo, que não se faz somente durante a orientação, e sim durante toda a história de vida do sujeito, que acumula informações e reações emocionais trazidas da interação com o meio e aspectos internos, desde a infância, e se transformam em crenças e preferências. Essas crenças e preferências são trazidas à tona nesse processo e trabalhadas a fim de verificar se não são simplistas ou irreais. Durante o capítulo são definidos alguns conceitos relacionados ao tema e às teorias descritas, como interesses, valores e crenças, validade, fidedignidade, precisão e padronização.
O terceiro capítulo, Desenvolvimento, Maturidade e Adequação Vocacional, traz a explanação sobre o desenvolvimento vocacional durante a vida do sujeito, como parte do desenvolvimento da personalidade. O autor relaciona desenvolvimento vocacional com desenvolvimento ocupacional e desenvolvimento pessoal. Ainda, salienta que o desenvolvimento desses processos se relaciona com a identidade pessoal, identidade vocacional e identidade ocupacional. O capítulo estabelece os estágios da vida vocacional-ocupacional: estágio do crescimento, exploratório, estabelecimento, declínio e aposentadoria, descrevendo os fatores que podem afetar esse desenvolvimento.
No quarto capítulo, O Processo da Escolha Profissional, o autor alega que a escolha se faz sempre num processo constante de diagnóstico-prognóstico (feito pelo sujeito e pelo orientador), envolvendo diagnóstico pessoal, informação ocupacional e prognóstico vocacional. Entre as teorias psicométrica, psicodinâmica ou integrada, defende como melhor solução o uso da teoria integrada. Uma escolha vocacional traz conflitos porque envolve, além das aptidões, capacidades, desejos e aspirações do sujeito, também aspectos emocionais, visto que se trata de um projeto de vida. O autor enfatiza que o conflito é acentuado pelo fato de sempre existir uma variedade de ocupações compatíveis com cada indivíduo e pelas dificuldades emocionais ao lidar com perdas e ao enfrentar o desconhecido. Assim, a escolha também se relaciona com o tipo de estrutura psicológica, emocional e social do sujeito, podendo se dar de forma prematura. Ao final do capítulo, ressalta que a responsabilidade por uma escolha profissional não é somente do sujeito que passa pela orientação, mas também do orientador. E ainda mais, enfatiza que se ocorrer uma escolhainadequada, poderá haver uma desestruturação existencial e emocional do sujeito.
A Orientação Vocacional com Grupos Típicos, as características de cada população, as peculiaridades que devem ser focadas com cada tipo de grupo são discutidas no quinto capítulo. O autor discute a OV com adolescentes, aposentados ativos ou idosos saudáveis, adultos desempregados, insatisfeitos com a profissão ou instáveis, deficientes físicos, mulheres e os que apresentam uma condição social ou econômica inferiorizada.
No sexto capítulo o autor aborda A Informação Ocupacional e sua importância, ou seja, é necessário dar informações claras, precisas e detalhadas sobre o mundo profissional em que o orientado pretende ingressar. Elas devem focalizar tendências para o futuro e ser bem trabalhadas para o sujeito compreendêlas e analisá-las, podendo ser transmitidas pelo psicólogo orientador, ou ser buscadas pelo próprio orientando ou escola. O autor ressalva novamente a assimilação dessas informações desde a infância, de uma forma muitas vezes informal. Na OV as mesmas podem ser transmitidas pela técnica de baralho chamada R-O. Enfatiza a polivalência ocupacional e finaliza o capítulo ressaltando os motivos que podem levar a uma falha no processo de OV, como reestruturação do mercado de trabalho, falta de maturidade do jovem, conteúdos transmitidos inadequadamente, visão distorcida do perfil psicológico da profissão.
A obra é finalizada com o capítulo sobre O Processo e sua Prática sob três perspectivas, o tempo, as estratégias e os procedimentos. Defende que embora a escolha seja feita no presente, destina-se a uma vida profissional futura, referindo-se a um projeto de vida. Também trata dos critérios para a escolha profissional que devem ser baseados na polivalência ocupacional, nos atributos pessoais do sujeito, na amplitude ocupacional, na busca por uma solução adequada, nos interesses, na motivação e nos valores predominantes do sujeito, no seu conceito de carreira e em seus aspectos psicológicos. Analisa os procedimentos a serem utilizados, citando a entrevista e instrumentos como a Bateria CEPA, testes objetivos e projetivos. Mostra a importância do pré-diagnóstico e diagnóstico vocacional, os quais servem para posicionar o orientador e o sujeito e de base para a elaboração de táticas de ação. Aborda o papel da auto-imagem na escolha por uma profissão e mostra a importância do prognóstico vocacional, resultado da interação entre orientador e sujeito, para analisar e sintetizar os dados levantados no processo e assim resolver os conflitos referentes à ocupação profissional. Disserta, ainda, sobre os três objetivos fundamentais da OV: ajudar o cliente a clarificar sua identidade vocacional, a alcançar um autoconhecimento realista para uma escolha profissional adequada e a contribuir para o desenvolvimento de sua personalidade e ajustamento psicológico.
O conteúdo é um tema atual e importante para o auxílio dos jovens que necessitam de amparo para uma escolha profissional adequada. O assunto foi tratado de forma abrangente, o que possibilita uma visão geral e adequada sobre o mesmo; além disso, a obra apresenta-se estruturada de maneira organizada e com linguajar simples, o que facilita a leitura e o entendimento.
Cabe ressaltar que embora seja apresentado no final do livro um “Questionário sobre valores e objetivos de vida”, a meu ver, essa obra seria mais completa se fossem discutidos outros instrumentos que podem ser utilizados no processo de OV. O autor se centra mais na entrevista e acaba não descrevendo outros instrumentos.
Embora cite no final do livro uma vasta referência bibliográfica, no transcorrer da obra ele se referencia muito a Super et al. (1957). Fica a impressão de que outros autores não foram pesquisados. Psico-USF (Impr.) vol.8 no.1 Itatiba Jan./June 2003.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-82712003000100013 Acesso em 29 de setembro de 2016.
Resenhas são gêneros textuais que circulam em diferentes esferas comunicativas. No que se refere ao Texto I, trata-se da esfera:
Questão 86 104903
UnB 1° Dia 2009/2Texto I
Talvez a única afirmação suficientemente justa a respeito da função da música no cinema é a de que, de uma maneira ou de outra, a música existe para “tocar” as pessoas. Ela pode emocionar, arrancar lágrimas, causar tensão, desconforto, incomodar, narrar um acontecimento, uma morte, uma perseguição, uma piada, um diálogo, um alívio, uma festa, descrever um movimento, criar um clima, acelerar uma situação, acalmá-la, enfim, de um jeito ou de outro, a boa composição não existe em vão. Ela está lá por algum motivo, e, ainda que não a ouçamos, podemos senti-la. O drama e a música são expressões culturais que obviamente têm valores e efeitos distintos e independentes (...). Parece haver um consenso entre a maioria dos compositores no sentido de que a música deve servir ao filme. Ela deve auxiliar a narrativa, seus personagens, seu ritmo, suas texturas, sua linguagem, seus requisitos dramáticos.
Tony Berchmans. A música do filme: tudo o que você gostaria de saber sobre a música de cinema. São Paulo: Escrituras, 2006, p. 20 (com adaptações).
Texto II
A trilha do filme Guerra nas Estrelas, composta por John Williams, ganhou vários prêmios, inclusive o Oscar de melhor trilha musical original. Acerca dessa trilha sonora, Tony Berchmans comenta:
“Quando aparece pela primeira vez o personagem Luke Skywalker, o tema principal soa em um arranjo leve e específico. Há vários motivos ao longo do filme, inclusive uma marcha militar que faz referência às forças militares do Império. O que Williams adora fazer é rearranjar de diversas maneiras a frase inicial do tema principal, formada pelas famosas sete notas (...).
Por fim, a música é dramaticamente descritiva e vai-se intensificando precisamente de acordo com a complicação da situação dos rebeldes. Até que, enfim, Luke Skywalker consegue atingir o objetivo, e a música dá um alívio à sua tensão.”
Idem, ibidem, p. 86.
Tendo esses textos como referência, julgue o item que se segue.
É correto concluir da descrição apresentada no texto II que o desenvolvimento da trilha sonora de Guerra nas Estrelas narra a sequência de ações que se estabelece no filme: a instalação do conflito, o seu ápice e a sua resolução.
Questão 47 602259
UFPR 2019O texto a seguir é referência para a questão.
‘Ferrugem’: um ótimo nacional encara o cyberbullying
Um celular perdido, um vídeo viralizado, e Tati, de 16 anos, se vê no meio de um furacão que abalaria qualquer um – e muito mais uma menina a quem ainda falta o equipamento emocional para lidar com uma situação tão drástica de exposição da intimidade e de ostracismo social. Os amigos e amigas vão caindo fora; com os pais, ela não consegue falar. Renet, o garoto com quem ela começava a engatar um flerte quando tudo começou, dá as costas a ela. E Tati, interpretada pela ótima novata Tiffanny Dopke, de fisionomia suave e jeitinho cativante, sucumbe à pressão.
‘Ferrugem’, do diretor Aly Muritiba, é um dos pontos altos de uma safra surpreendentemente boa do cinema nacional nos últimos meses (completada ainda por ‘Aos Teus Olhos’, ‘As Boas Maneiras’, ‘O Animal Cordial’ e ‘Benzinho’). Da agitação e cacofonia dessa primeira parte do filme, Muritiba vai, na segunda metade, para um estilo oposto: com atenção e reflexão, acompanha o sofrimento de Renet (o também muito bom Giovanni de Lorenzi) com as consequências do episódio que afetou Tati. Aqui, duas visões morais muito distintas se opõem: a do pai (Enrique Diaz), que quer poupar Renet, e a da mãe (a calorosa Clarissa Kiste), que quer obrigá-lo a enfrentar os fatos.
Maduro, lúcido, muito bem escrito e filmado, ‘Ferrugem’ está na comissão de frente dos possíveis indicados do Brasil ao Oscar do ano que vem.
(Disponível em: <https://veja.abril.com.br/tveja/em-cartaz/ferrugem-um-otimo-nacional-encara-o-cyberbullying/>. Acesso em 31/08/2018.)
Com base no texto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:
( ) O filme “Ferrugem”, segundo a reportagem apura, concorrerá ao Oscar de melhor filme estrangeiro no ano que vem.
( ) O filme “Ferrugem” narra a história de uma menina, Tati, que tem sua intimidade exposta publicamente depois de perder o celular.
( ) O filme apresenta duas linhas narrativas: uma agitada e dissonante, e outra, psicológica e reflexiva.
( ) O filme “Ferrugem” critica a exposição descuidada dos adolescentes em redes sociais.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.