Questões de Filosofia - Temática - Filosofia Africana
7 Questões
Questão 46 12898405
UECE 2ª Fase 1° Dia 2022/2Texto
A tradicional ética africana do ubuntu e a moderna liderança empresarial: à guisa de uma introdução para a gestão laboratorial
Ubuntu é uma filosofia moral e
humanista africana que se fundamenta nas
alianças e no relacionamento mútuo entre as
pessoas. O ubuntu nasce da ideia ancestral
[5] [1.500 anos a.C.] de que a força da
comunidade vem do apoio comunitário e de
que a dignidade e a identidade são
alcançadas por meio do mutualismo, da
empatia, da generosidade, do compromisso
[10] comunitário e do trabalho colaborativo em
prol de si mesmo e dos demais. Nesse
sentido, o ubuntu se diferencia da filosofia
ocidental derivada do racionalismo iluminista
que coloca o indivíduo no centro da
[15] concepção de ser humano.
O ubuntu pode ser considerado como um
exercício prático de filosofias populares
africanas, muito frequentemente
representadas em provérbios. O provérbio
[20] xhosa e zulu “Umuntu ngumuntu ngabantu”
(uma pessoa só se faz pessoa através de seu
relacionamento com outras pessoas), o
provérbio Gikuyu “Kiunuhu gitruagw” (a
avareza não alimenta) e o provérbio “É
[25] preciso uma aldeia inteira para educar uma
criança” são exemplos de axiomas alinhados
com o espírito da ética ubuntu cujo objetivo
principal é a ligação do indivíduo com o
coletivo. De fato, o ubuntu contempla a
[30] humanidade/ humanismo em toda a sua
essência e profundidade e está no extremo
oposto da filosofia do individualismo e do
consumismo.
Na realidade, ubuntu é a expressão
[35] compartida de vivências cotidianas, ou seja,
uma forma de conhecimento aplicado que
estimula a jornada rumo “ao tornar-se
humano” ou “ao que nos torna humanos” ou,
em seu sentido coletivo, “uma humanidade
[40] que transcende a alteridade em todos os
níveis interpessoais.
A noção fundamental da ética ubuntu é a
“filosofia do nós”. Os princípios de partilha,
preocupação e cuidado mútuos, além de
[45] solidariedade, são seus elementos
constitutivos. Claramente, está baseada no
altruísmo, na fraternidade e na colaboração
entre as pessoas, bem como na bondade, na
lealdade e na felicidade. Ubuntu e felicidade,
[50] inclusive, são ideias profundamente
conectadas. No conceito africano, a felicidade
é entendida como aquilo que faz bem a toda
coletividade ou ao outro.
Filosoficamente, o ubuntu enumera ainda
[55] que a pessoa só é humana por meio de sua
pertença a um coletivo humano, que a
humanidade de uma pessoa é definida por
meio de sua humanidade para com os outros,
que uma pessoa existe por meio da existência
[60] dos outros em uma relação indissociável
consigo mesma, que o valor da humanidade
está diretamente ligado à forma como a
pessoa apoia a humanidade e a dignidade dos
outros e, ainda, que a humanidade de uma
[65] pessoa é definida por seu compromisso ético
com os outros, sejam eles quem forem.
Em linhas gerais, a moral, a
interdependência entre as pessoas e a
proteção da harmonia e da dignidade humana
[70] são considerados os valores nucleares do
ubuntu. [...] A ideia central de humanidade e
colaboração mútua contida no ubuntu permite
a aplicação dessa filosofia em qualquer
atividade, tal como a política, a educação, os
[75] esportes, o direito, a medicina e a gestão de
empresas. Na área de negócios,
particularmente, o ubuntu está sendo
traduzido para o mundo corporativo na forma
de gestão participativa. Nela, todos os
[80] funcionários e até mesmo os fornecedores e
demais parceiros comerciais discutem as
decisões estratégicas da empresa.
Notadamente, esse novo conceito
filosófico apresenta um enorme potencial para
[85] a melhoria das relações no âmbito
empresarial. Nas empresas, o ubuntu pode
servir como um laço de união e acordo entre
pessoas diferentes que trazem visões e
maneiras próprias de enfrentar os dilemas do
[90] dia a dia das organizações, já que seus ideais
propõem a integração, o diálogo e a ampla
cooperação.
Disponível em http://www.rbac.org.br/artigos/volume-48- n-3-editorial. Texto adaptado.
No excerto “[...] de que a força da comunidade vem do apoio comunitário e de que a dignidade e a identidade são alcançadas por meio do mutualismo, da empatia, da generosidade, do compromisso comunitário e do trabalho colaborativo em prol de si mesmo e dos demais.” (linhas 05-11), a palavra destacada significa
Questão 44 12898333
UECE 2ª Fase 1° Dia 2022/2Texto
A tradicional ética africana do ubuntu e a moderna liderança empresarial: à guisa de uma introdução para a gestão laboratorial
Ubuntu é uma filosofia moral e
humanista africana que se fundamenta nas
alianças e no relacionamento mútuo entre as
pessoas. O ubuntu nasce da ideia ancestral
[5] [1.500 anos a.C.] de que a força da
comunidade vem do apoio comunitário e de
que a dignidade e a identidade são
alcançadas por meio do mutualismo, da
empatia, da generosidade, do compromisso
[10] comunitário e do trabalho colaborativo em
prol de si mesmo e dos demais. Nesse
sentido, o ubuntu se diferencia da filosofia
ocidental derivada do racionalismo iluminista
que coloca o indivíduo no centro da
[15] concepção de ser humano.
O ubuntu pode ser considerado como um
exercício prático de filosofias populares
africanas, muito frequentemente
representadas em provérbios. O provérbio
[20] xhosa e zulu “Umuntu ngumuntu ngabantu”
(uma pessoa só se faz pessoa através de seu
relacionamento com outras pessoas), o
provérbio Gikuyu “Kiunuhu gitruagw” (a
avareza não alimenta) e o provérbio “É
[25] preciso uma aldeia inteira para educar uma
criança” são exemplos de axiomas alinhados
com o espírito da ética ubuntu cujo objetivo
principal é a ligação do indivíduo com o
coletivo. De fato, o ubuntu contempla a
[30] humanidade/ humanismo em toda a sua
essência e profundidade e está no extremo
oposto da filosofia do individualismo e do
consumismo.
Na realidade, ubuntu é a expressão
[35] compartida de vivências cotidianas, ou seja,
uma forma de conhecimento aplicado que
estimula a jornada rumo “ao tornar-se
humano” ou “ao que nos torna humanos” ou,
em seu sentido coletivo, “uma humanidade
[40] que transcende a alteridade em todos os
níveis interpessoais.
A noção fundamental da ética ubuntu é a
“filosofia do nós”. Os princípios de partilha,
preocupação e cuidado mútuos, além de
[45] solidariedade, são seus elementos
constitutivos. Claramente, está baseada no
altruísmo, na fraternidade e na colaboração
entre as pessoas, bem como na bondade, na
lealdade e na felicidade. Ubuntu e felicidade,
[50] inclusive, são ideias profundamente
conectadas. No conceito africano, a felicidade
é entendida como aquilo que faz bem a toda
coletividade ou ao outro.
Filosoficamente, o ubuntu enumera ainda
[55] que a pessoa só é humana por meio de sua
pertença a um coletivo humano, que a
humanidade de uma pessoa é definida por
meio de sua humanidade para com os outros,
que uma pessoa existe por meio da existência
[60] dos outros em uma relação indissociável
consigo mesma, que o valor da humanidade
está diretamente ligado à forma como a
pessoa apoia a humanidade e a dignidade dos
outros e, ainda, que a humanidade de uma
[65] pessoa é definida por seu compromisso ético
com os outros, sejam eles quem forem.
Em linhas gerais, a moral, a
interdependência entre as pessoas e a
proteção da harmonia e da dignidade humana
[70] são considerados os valores nucleares do
ubuntu. [...] A ideia central de humanidade e
colaboração mútua contida no ubuntu permite
a aplicação dessa filosofia em qualquer
atividade, tal como a política, a educação, os
[75] esportes, o direito, a medicina e a gestão de
empresas. Na área de negócios,
particularmente, o ubuntu está sendo
traduzido para o mundo corporativo na forma
de gestão participativa. Nela, todos os
[80] funcionários e até mesmo os fornecedores e
demais parceiros comerciais discutem as
decisões estratégicas da empresa.
Notadamente, esse novo conceito
filosófico apresenta um enorme potencial para
[85] a melhoria das relações no âmbito
empresarial. Nas empresas, o ubuntu pode
servir como um laço de união e acordo entre
pessoas diferentes que trazem visões e
maneiras próprias de enfrentar os dilemas do
[90] dia a dia das organizações, já que seus ideais
propõem a integração, o diálogo e a ampla
cooperação.
Disponível em http://www.rbac.org.br/artigos/volume-48- n-3-editorial. Texto adaptado.
No trecho “Nas empresas, o ubuntu pode servir como um laço de união e acordo entre pessoas diferentes que trazem visões e maneiras próprias de enfrentar os dilemas do dia a dia das organizações, já que seus ideais propõem a integração, o diálogo e a ampla cooperação” (linhas 86-92), a expressão destacada tem o mesmo sentido de
Questão 43 12898311
UECE 2ª Fase 1° Dia 2022/2Texto
A tradicional ética africana do ubuntu e a moderna liderança empresarial: à guisa de uma introdução para a gestão laboratorial
Ubuntu é uma filosofia moral e
humanista africana que se fundamenta nas
alianças e no relacionamento mútuo entre as
pessoas. O ubuntu nasce da ideia ancestral
[5] [1.500 anos a.C.] de que a força da
comunidade vem do apoio comunitário e de
que a dignidade e a identidade são
alcançadas por meio do mutualismo, da
empatia, da generosidade, do compromisso
[10] comunitário e do trabalho colaborativo em
prol de si mesmo e dos demais. Nesse
sentido, o ubuntu se diferencia da filosofia
ocidental derivada do racionalismo iluminista
que coloca o indivíduo no centro da
[15] concepção de ser humano.
O ubuntu pode ser considerado como um
exercício prático de filosofias populares
africanas, muito frequentemente
representadas em provérbios. O provérbio
[20] xhosa e zulu “Umuntu ngumuntu ngabantu”
(uma pessoa só se faz pessoa através de seu
relacionamento com outras pessoas), o
provérbio Gikuyu “Kiunuhu gitruagw” (a
avareza não alimenta) e o provérbio “É
[25] preciso uma aldeia inteira para educar uma
criança” são exemplos de axiomas alinhados
com o espírito da ética ubuntu cujo objetivo
principal é a ligação do indivíduo com o
coletivo. De fato, o ubuntu contempla a
[30] humanidade/ humanismo em toda a sua
essência e profundidade e está no extremo
oposto da filosofia do individualismo e do
consumismo.
Na realidade, ubuntu é a expressão
[35] compartida de vivências cotidianas, ou seja,
uma forma de conhecimento aplicado que
estimula a jornada rumo “ao tornar-se
humano” ou “ao que nos torna humanos” ou,
em seu sentido coletivo, “uma humanidade
[40] que transcende a alteridade em todos os
níveis interpessoais.
A noção fundamental da ética ubuntu é a
“filosofia do nós”. Os princípios de partilha,
preocupação e cuidado mútuos, além de
[45] solidariedade, são seus elementos
constitutivos. Claramente, está baseada no
altruísmo, na fraternidade e na colaboração
entre as pessoas, bem como na bondade, na
lealdade e na felicidade. Ubuntu e felicidade,
[50] inclusive, são ideias profundamente
conectadas. No conceito africano, a felicidade
é entendida como aquilo que faz bem a toda
coletividade ou ao outro.
Filosoficamente, o ubuntu enumera ainda
[55] que a pessoa só é humana por meio de sua
pertença a um coletivo humano, que a
humanidade de uma pessoa é definida por
meio de sua humanidade para com os outros,
que uma pessoa existe por meio da existência
[60] dos outros em uma relação indissociável
consigo mesma, que o valor da humanidade
está diretamente ligado à forma como a
pessoa apoia a humanidade e a dignidade dos
outros e, ainda, que a humanidade de uma
[65] pessoa é definida por seu compromisso ético
com os outros, sejam eles quem forem.
Em linhas gerais, a moral, a
interdependência entre as pessoas e a
proteção da harmonia e da dignidade humana
[70] são considerados os valores nucleares do
ubuntu. [...] A ideia central de humanidade e
colaboração mútua contida no ubuntu permite
a aplicação dessa filosofia em qualquer
atividade, tal como a política, a educação, os
[75] esportes, o direito, a medicina e a gestão de
empresas. Na área de negócios,
particularmente, o ubuntu está sendo
traduzido para o mundo corporativo na forma
de gestão participativa. Nela, todos os
[80] funcionários e até mesmo os fornecedores e
demais parceiros comerciais discutem as
decisões estratégicas da empresa.
Notadamente, esse novo conceito
filosófico apresenta um enorme potencial para
[85] a melhoria das relações no âmbito
empresarial. Nas empresas, o ubuntu pode
servir como um laço de união e acordo entre
pessoas diferentes que trazem visões e
maneiras próprias de enfrentar os dilemas do
[90] dia a dia das organizações, já que seus ideais
propõem a integração, o diálogo e a ampla
cooperação.
Disponível em http://www.rbac.org.br/artigos/volume-48- n-3-editorial. Texto adaptado.
Segundo o texto, o âmbito empresarial está adotando o conceito de ubuntu porque as empresas desejam se transformar em um ambiente
Questão 41 12897671
UECE 2ª Fase 1° Dia 2022/2Texto
A tradicional ética africana do ubuntu e a moderna liderança empresarial: à guisa de uma introdução para a gestão laboratorial
Ubuntu é uma filosofia moral e
humanista africana que se fundamenta nas
alianças e no relacionamento mútuo entre as
pessoas. O ubuntu nasce da ideia ancestral
[5] [1.500 anos a.C.] de que a força da
comunidade vem do apoio comunitário e de
que a dignidade e a identidade são
alcançadas por meio do mutualismo, da
empatia, da generosidade, do compromisso
[10] comunitário e do trabalho colaborativo em
prol de si mesmo e dos demais. Nesse
sentido, o ubuntu se diferencia da filosofia
ocidental derivada do racionalismo iluminista
que coloca o indivíduo no centro da
[15] concepção de ser humano.
O ubuntu pode ser considerado como um
exercício prático de filosofias populares
africanas, muito frequentemente
representadas em provérbios. O provérbio
[20] xhosa e zulu “Umuntu ngumuntu ngabantu”
(uma pessoa só se faz pessoa através de seu
relacionamento com outras pessoas), o
provérbio Gikuyu “Kiunuhu gitruagw” (a
avareza não alimenta) e o provérbio “É
[25] preciso uma aldeia inteira para educar uma
criança” são exemplos de axiomas alinhados
com o espírito da ética ubuntu cujo objetivo
principal é a ligação do indivíduo com o
coletivo. De fato, o ubuntu contempla a
[30] humanidade/ humanismo em toda a sua
essência e profundidade e está no extremo
oposto da filosofia do individualismo e do
consumismo.
Na realidade, ubuntu é a expressão
[35] compartida de vivências cotidianas, ou seja,
uma forma de conhecimento aplicado que
estimula a jornada rumo “ao tornar-se
humano” ou “ao que nos torna humanos” ou,
em seu sentido coletivo, “uma humanidade
[40] que transcende a alteridade em todos os
níveis interpessoais.
A noção fundamental da ética ubuntu é a
“filosofia do nós”. Os princípios de partilha,
preocupação e cuidado mútuos, além de
[45] solidariedade, são seus elementos
constitutivos. Claramente, está baseada no
altruísmo, na fraternidade e na colaboração
entre as pessoas, bem como na bondade, na
lealdade e na felicidade. Ubuntu e felicidade,
[50] inclusive, são ideias profundamente
conectadas. No conceito africano, a felicidade
é entendida como aquilo que faz bem a toda
coletividade ou ao outro.
Filosoficamente, o ubuntu enumera ainda
[55] que a pessoa só é humana por meio de sua
pertença a um coletivo humano, que a
humanidade de uma pessoa é definida por
meio de sua humanidade para com os outros,
que uma pessoa existe por meio da existência
[60] dos outros em uma relação indissociável
consigo mesma, que o valor da humanidade
está diretamente ligado à forma como a
pessoa apoia a humanidade e a dignidade dos
outros e, ainda, que a humanidade de uma
[65] pessoa é definida por seu compromisso ético
com os outros, sejam eles quem forem.
Em linhas gerais, a moral, a
interdependência entre as pessoas e a
proteção da harmonia e da dignidade humana
[70] são considerados os valores nucleares do
ubuntu. [...] A ideia central de humanidade e
colaboração mútua contida no ubuntu permite
a aplicação dessa filosofia em qualquer
atividade, tal como a política, a educação, os
[75] esportes, o direito, a medicina e a gestão de
empresas. Na área de negócios,
particularmente, o ubuntu está sendo
traduzido para o mundo corporativo na forma
de gestão participativa. Nela, todos os
[80] funcionários e até mesmo os fornecedores e
demais parceiros comerciais discutem as
decisões estratégicas da empresa.
Notadamente, esse novo conceito
filosófico apresenta um enorme potencial para
[85] a melhoria das relações no âmbito
empresarial. Nas empresas, o ubuntu pode
servir como um laço de união e acordo entre
pessoas diferentes que trazem visões e
maneiras próprias de enfrentar os dilemas do
[90] dia a dia das organizações, já que seus ideais
propõem a integração, o diálogo e a ampla
cooperação.
Disponível em http://www.rbac.org.br/artigos/volume-48- n-3-editorial. Texto adaptado.
O conceito de ubuntu, apontado no texto
Questão 47 12898451
UECE 2ª Fase 1° Dia 2022/2Texto
A tradicional ética africana do ubuntu e a moderna liderança empresarial: à guisa de uma introdução para a gestão laboratorial
Ubuntu é uma filosofia moral e
humanista africana que se fundamenta nas
alianças e no relacionamento mútuo entre as
pessoas. O ubuntu nasce da ideia ancestral
[5] [1.500 anos a.C.] de que a força da
comunidade vem do apoio comunitário e de
que a dignidade e a identidade são
alcançadas por meio do mutualismo, da
empatia, da generosidade, do compromisso
[10] comunitário e do trabalho colaborativo em
prol de si mesmo e dos demais. Nesse
sentido, o ubuntu se diferencia da filosofia
ocidental derivada do racionalismo iluminista
que coloca o indivíduo no centro da
[15] concepção de ser humano.
O ubuntu pode ser considerado como um
exercício prático de filosofias populares
africanas, muito frequentemente
representadas em provérbios. O provérbio
[20] xhosa e zulu “Umuntu ngumuntu ngabantu”
(uma pessoa só se faz pessoa através de seu
relacionamento com outras pessoas), o
provérbio Gikuyu “Kiunuhu gitruagw” (a
avareza não alimenta) e o provérbio “É
[25] preciso uma aldeia inteira para educar uma
criança” são exemplos de axiomas alinhados
com o espírito da ética ubuntu cujo objetivo
principal é a ligação do indivíduo com o
coletivo. De fato, o ubuntu contempla a
[30] humanidade/ humanismo em toda a sua
essência e profundidade e está no extremo
oposto da filosofia do individualismo e do
consumismo.
Na realidade, ubuntu é a expressão
[35] compartida de vivências cotidianas, ou seja,
uma forma de conhecimento aplicado que
estimula a jornada rumo “ao tornar-se
humano” ou “ao que nos torna humanos” ou,
em seu sentido coletivo, “uma humanidade
[40] que transcende a alteridade em todos os
níveis interpessoais.
A noção fundamental da ética ubuntu é a
“filosofia do nós”. Os princípios de partilha,
preocupação e cuidado mútuos, além de
[45] solidariedade, são seus elementos
constitutivos. Claramente, está baseada no
altruísmo, na fraternidade e na colaboração
entre as pessoas, bem como na bondade, na
lealdade e na felicidade. Ubuntu e felicidade,
[50] inclusive, são ideias profundamente
conectadas. No conceito africano, a felicidade
é entendida como aquilo que faz bem a toda
coletividade ou ao outro.
Filosoficamente, o ubuntu enumera ainda
[55] que a pessoa só é humana por meio de sua
pertença a um coletivo humano, que a
humanidade de uma pessoa é definida por
meio de sua humanidade para com os outros,
que uma pessoa existe por meio da existência
[60] dos outros em uma relação indissociável
consigo mesma, que o valor da humanidade
está diretamente ligado à forma como a
pessoa apoia a humanidade e a dignidade dos
outros e, ainda, que a humanidade de uma
[65] pessoa é definida por seu compromisso ético
com os outros, sejam eles quem forem.
Em linhas gerais, a moral, a
interdependência entre as pessoas e a
proteção da harmonia e da dignidade humana
[70] são considerados os valores nucleares do
ubuntu. [...] A ideia central de humanidade e
colaboração mútua contida no ubuntu permite
a aplicação dessa filosofia em qualquer
atividade, tal como a política, a educação, os
[75] esportes, o direito, a medicina e a gestão de
empresas. Na área de negócios,
particularmente, o ubuntu está sendo
traduzido para o mundo corporativo na forma
de gestão participativa. Nela, todos os
[80] funcionários e até mesmo os fornecedores e
demais parceiros comerciais discutem as
decisões estratégicas da empresa.
Notadamente, esse novo conceito
filosófico apresenta um enorme potencial para
[85] a melhoria das relações no âmbito
empresarial. Nas empresas, o ubuntu pode
servir como um laço de união e acordo entre
pessoas diferentes que trazem visões e
maneiras próprias de enfrentar os dilemas do
[90] dia a dia das organizações, já que seus ideais
propõem a integração, o diálogo e a ampla
cooperação.
Disponível em http://www.rbac.org.br/artigos/volume-48- n-3-editorial. Texto adaptado.
O texto classifica-se como editorial porque
I. apresenta uma linguagem formal, impessoal e padronizada de acordo com a norma culta.
II. é de cunho jornalístico, opinativo e argumentativo.
III. reporta a interação verbal entre indivíduos, apresentando depoimentos de personagens.
Estão corretas as complementações contidas em
Questão 45 12898355
UECE 2ª Fase 1° Dia 2022/2Texto
A tradicional ética africana do ubuntu e a moderna liderança empresarial: à guisa de uma introdução para a gestão laboratorial
Ubuntu é uma filosofia moral e
humanista africana que se fundamenta nas
alianças e no relacionamento mútuo entre as
pessoas. O ubuntu nasce da ideia ancestral
[5] [1.500 anos a.C.] de que a força da
comunidade vem do apoio comunitário e de
que a dignidade e a identidade são
alcançadas por meio do mutualismo, da
empatia, da generosidade, do compromisso
[10] comunitário e do trabalho colaborativo em
prol de si mesmo e dos demais. Nesse
sentido, o ubuntu se diferencia da filosofia
ocidental derivada do racionalismo iluminista
que coloca o indivíduo no centro da
[15] concepção de ser humano.
O ubuntu pode ser considerado como um
exercício prático de filosofias populares
africanas, muito frequentemente
representadas em provérbios. O provérbio
[20] xhosa e zulu “Umuntu ngumuntu ngabantu”
(uma pessoa só se faz pessoa através de seu
relacionamento com outras pessoas), o
provérbio Gikuyu “Kiunuhu gitruagw” (a
avareza não alimenta) e o provérbio “É
[25] preciso uma aldeia inteira para educar uma
criança” são exemplos de axiomas alinhados
com o espírito da ética ubuntu cujo objetivo
principal é a ligação do indivíduo com o
coletivo. De fato, o ubuntu contempla a
[30] humanidade/ humanismo em toda a sua
essência e profundidade e está no extremo
oposto da filosofia do individualismo e do
consumismo.
Na realidade, ubuntu é a expressão
[35] compartida de vivências cotidianas, ou seja,
uma forma de conhecimento aplicado que
estimula a jornada rumo “ao tornar-se
humano” ou “ao que nos torna humanos” ou,
em seu sentido coletivo, “uma humanidade
[40] que transcende a alteridade em todos os
níveis interpessoais.
A noção fundamental da ética ubuntu é a
“filosofia do nós”. Os princípios de partilha,
preocupação e cuidado mútuos, além de
[45] solidariedade, são seus elementos
constitutivos. Claramente, está baseada no
altruísmo, na fraternidade e na colaboração
entre as pessoas, bem como na bondade, na
lealdade e na felicidade. Ubuntu e felicidade,
[50] inclusive, são ideias profundamente
conectadas. No conceito africano, a felicidade
é entendida como aquilo que faz bem a toda
coletividade ou ao outro.
Filosoficamente, o ubuntu enumera ainda
[55] que a pessoa só é humana por meio de sua
pertença a um coletivo humano, que a
humanidade de uma pessoa é definida por
meio de sua humanidade para com os outros,
que uma pessoa existe por meio da existência
[60] dos outros em uma relação indissociável
consigo mesma, que o valor da humanidade
está diretamente ligado à forma como a
pessoa apoia a humanidade e a dignidade dos
outros e, ainda, que a humanidade de uma
[65] pessoa é definida por seu compromisso ético
com os outros, sejam eles quem forem.
Em linhas gerais, a moral, a
interdependência entre as pessoas e a
proteção da harmonia e da dignidade humana
[70] são considerados os valores nucleares do
ubuntu. [...] A ideia central de humanidade e
colaboração mútua contida no ubuntu permite
a aplicação dessa filosofia em qualquer
atividade, tal como a política, a educação, os
[75] esportes, o direito, a medicina e a gestão de
empresas. Na área de negócios,
particularmente, o ubuntu está sendo
traduzido para o mundo corporativo na forma
de gestão participativa. Nela, todos os
[80] funcionários e até mesmo os fornecedores e
demais parceiros comerciais discutem as
decisões estratégicas da empresa.
Notadamente, esse novo conceito
filosófico apresenta um enorme potencial para
[85] a melhoria das relações no âmbito
empresarial. Nas empresas, o ubuntu pode
servir como um laço de união e acordo entre
pessoas diferentes que trazem visões e
maneiras próprias de enfrentar os dilemas do
[90] dia a dia das organizações, já que seus ideais
propõem a integração, o diálogo e a ampla
cooperação.
Disponível em http://www.rbac.org.br/artigos/volume-48- n-3-editorial. Texto adaptado.
No trecho “[...] o valor da humanidade está diretamente ligado à forma como a pessoa apoia a humanidade e a dignidade dos outros e, ainda, que a humanidade de uma pessoa é definida por seu compromisso ético com os outros, sejam eles quem forem.” (linhas 61-66), as expressões destacadas são recursos de
Pastas
06